Teste Honda Forza 125 2021 – A mobilidade executiva
A Honda aprimorou a sua Forza 125 para 2021, dotou-a de mais electrónica, melhorou o seu conforto, mas sobretudo manteve a sua característica exclusividade, uma scooter GT com a capacidade de ser conduzida com carta de carro. Devíamos ter feito este teste de fato e gravata…
texto de Pedro Alpiarça
Já o dissemos anteriormente, nós na MotoSport somos fãs de scooters. Porque são máquinas que nos permitem melhorar substancialmente a qualidade de vida num contexto urbano, porque são ágeis e fáceis de manobrar e porque são extremamente prácticas e descomplicadas. Mas para quem quer deixar o carro em casa, nem sempre é simples abdicar de algum conforto e sofisticação sem ter de subir na cilindrada e investir na carta de motociclo. A Honda Forza 125 pertence a um segmento de scooters premium que aposta numa deslocação em duas rodas com todas as vantagens de mobilidade, sem abdicar do conforto de uma moto maior.
Mantendo toda a sua imponência, a Honda renovou para 2021 a maior parte das suas superfícies aerodinâmicas, melhorando a sua eficiência e conservando o look agressivo presente em toda a sua linha Forza. Esta não é uma scooter de pequenas dimensões, toda a sua estrutura e envolvência respira estabilidade e segurança. A iluminação Full LED dá-lhe look sofisticado, presente na secção dianteira e traseira, e consegue destacar a sua imagem no trânsito. A protecção aerodinâmica melhorou substancialmente com o aumento do movimento do vidro eléctrico, e nós pudemos comprovar a sua prática utilização, alcançando agora um generoso curso de 180mm. Quando está na sua posição máxima as viagens nos percursos mais rápidos fazem-se sem esforço, sem turbulências indesejadas ou ruido. Aliás, a ausência de vibrações e a suavidade de funcionamento é uma característica desta scooter, tem um rolamento muito refinado.
Practicamente inalterado mas pronto para o Euro 5, o performante motor Enhanced Smart Power de 125cc continua a ser uma delicia a subir de rotação, tem uma atitude pujante desde as baixas rotações, mas é bastante rápido a encontrar o seu limite, de tal modo que as velocidades de auto-estrada são perfeitamente alcançáveis. O dosear de punho direito torna-se uma constante para evitarmos estar constantemente a bater no limitador! O conforto electrónico do controlo de tracção ajudará os mais incautos naqueles dias em que o piso húmido apresenta uma atracção gravitacional acrescida…
O conjunto quadro, suspensões e travagem têm uma função dinâmica de excelência. Estável nos maiores apoios e sem grandes oscilações, filtrada nas irregularidades e sempre demonstrando uma postura que inspira confiança ao condutor, independentemente da sua exigência. Para refrear os momentos de maior compromisso, a travagem surge à altura, potente, mordaz e muito doseável, uma garantia fundamental para poder rolar rápido. Sim, porque a Forza 125 consegue consumos extraordinários para a volumetria e performance do seu conjunto, e aliado ao tamanho do depósito, serão muitos os kms feitos até pensarmos em abastecer de novo. O sistema Start-Stop potencía estes valores numa utilização citadina, podendo ser desligável e apresentado a suavidade já demonstrada noutras scooters da marca.
No bonito mostrador misto, encontramos toda a informação, num painel que se apresenta clássico e refinado, fruto do conta-rotações e velocimetro analógico com um LCD de contraste negativo ao centro. Um compartimento fechado no porta luvas com ficha USB tipo C permite-nos carregar o smartphone e a utilização da chave Smart-Key dá-nos a liberdade de movimentos que um dia a dia frenético agradece.
Debaixo do confortável e amplo assento (seja para o condutor, seja para o passageiro), encontramos um espaço de arrumação que alberga facilmente dois capacetes, apresentando inclusive um separador ajustável para pequenos objectos.
A Honda Forza 125 é uma scooter executiva e com apetência de Grand Turismo para aqueles que não têm carta de moto. A sua facilidade de utilização anda lado a lado com uma certa exclusividade, e as suas prestações acompanham este predicado. Com um valor adequado à qualidade dos seus acabamentos e enquadrado com a principal rival (a Yamaha X Max 125 na sua versão Euro 5), são 5 as cores disponíveis para 2021: Mat Cynos Grey Metallic, Pearl Cool White, Pearl Nightstar Black, Lucent Silver Metallic e Mat Carnellian Red Metalic (presente na unidade por nós ensaiada). Na lista de acessórios encontramos desde punhos aquecidos e top-cases com sistema smart-key. Tudo pensado para que não tenha de chegar atrasado aquela reunião importante…
Ficha Técnica:
Motor
Tipo de motor | Monocilíndrico, 4 tempos, SOHC, refrigerado por líquido; homologação EURO5 |
Cilindrada | 124,9 cc |
Potência | 10,7kW (14,5cv) @ 8.750rpm |
Binário | 12,3Nm @ 6.500rpm |
Transmissão | Embraiagem automática centrífuga, tipo seco; Caixa de velocidades CVT, transmissão final por correia em V |
Ciclística
Quadro | Berço, tubos de aço |
Suspensão Dianteira / Traseira | 33mm Telescópica / Duplo amortecedor |
Travagem Dianteira / Traseira | Disco de 256mm / Disco de 240mm |
Pneu Dianteiro / Traseiro | 120/70 R15 ; 140/70 R14 |
Dimensões e Preço
Altura do Assento | 780mm |
Distância entre Eixos | 1.505mm |
Capacidade do depósito | 11,7 litros |
Peso | 162kg (em ordem de marcha) |
Preço | a partir de 5,175 € |
Cores e Acessórios:
Pearl Cool White Pearl Nightstar Black Lucent Silver Metallic Mat Carnelian Red Metallic Mat Cynos Grey Metallic Top Box com sistema Smart-Key Punhos aquecidos
Concorrentes:
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Yamaha X Max 125 2021
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