Acesso variável a carregadores é uma das causas, segundo a Global Data
O Mercado de motores elétricos híbridos da região APAC, excluindo Veículos de 48 V, deverá registar um crescimento anual de 5,2% entre 2025 e 2030, segundo projeções da GlobalData.

A crescente procura dos consumidores por alternativas práticas aos veículos elétricos a bateria, aliada ao foco dos fabricantes de automóveis na descarbonização, está a posicionar os híbridos como uma tecnologia de ponte vital entre os vários mercados da região, de acordo com a GlobalData, empresa líder em análise de dados.

O mais recente relatório da GlobalData, “Visão Geral e Previsão do Setor Global: Motores de Veículos Elétricos Híbridos – 3º Trimestre de 2025”, revela que, à medida que os híbridos ganham força, a região está pronta para moldar o mix global de modelos, as cadeias de abastecimento e as prioridades de investimento em toda a cadeia de valor automóvel.

A China continua a liderar a adoção global de veículos elétricos a bateria, mas os mercados vizinhos demonstram um equilíbrio diferente. No Japão, a procura por motores híbridos continua a ser resiliente.
Madhuchhanda Palit, Analista Automóvel da GlobalData, comenta: “Os fabricantes de automóveis japoneses há muito que defendem a tecnologia híbrida; a transição da Toyota, em muitos modelos, para motores exclusivamente híbridos e a renovada ênfase da Honda nos sistemas híbridos, refletem uma forte atração dos consumidores.”
Já na Coreia do Sul, um aumento notável da quota de híbridos, juntamente com uma redução marginal do apetite por veículos elétricos a bateria, sinaliza uma inflexão política e de mercado que merece ser monitorizada de perto.

O apelo dos híbridos na APAC, incluíndo veículos de duas rodas, está enraizado na economia prática e na usabilidade quotidiana. A infraestrutura de recarga permanece irregular, com densos corredores urbanos mais bem servidos do que vastas redes suburbanas e intermunicipais, tornando os híbridos uma solução conveniente para os condutores que valorizam o reabastecimento rápido e as viagens de longa distância previsíveis.
Fatores como o preço de compra e as alterações nas políticas de incentivo também tornam os híbridos atrativos para as habitações, especialmente onde o carregamento residencial é difícil em arranha-céus ou edifícios antigos.
Sinais tanto dos consumidores como dos fabricantes de automóveis, como a implementação mais lenta de veículos elétricos e a maior adoção de híbridos, reforçam esta preferência no curto prazo.

Na maioria dos países da região, assim como na américa latina, o fabrico e venda de veículos de duas rodas continua em alta, e a adoção de elétricos e híbridos vai tornar-se uma realidade a curto prazo.
Os híbridos plug-in acrescentam flexibilidade, oferecendo quilometragem elétrica para as deslocações diárias, mantendo um sistema de combustão de reserva para viagens mais longas, uma combinação que satisfaz as diversas necessidades de condução da APAC.
O avanço da tecnologia está a aumentar ainda mais o apelo dos híbridos. O Hyundai Motor Group, por exemplo, revelou um grupo motopropulsor híbrido de última geração com uma nova transmissão e dois motores integrados, concebido para ser combinado com múltiplos motores.

O sistema melhora a eficiência, o desempenho e o conforto, qualidades cada vez mais valorizadas pelos compradores da APAC.
Longe de estar a acontecer apenas na Ásia, recentemente o Quénia, na África Oriental, anunciou que uma das suas fábricas vai construir 50.000 motos elétricas por ano, e estão a considerar entrar no mercado na Tanzânia e no Uganda.