Aprilia regista patente do spoiler traseiro que usa no MotoGP
É um facto indesmentível que a aerodinâmica está a tornar-se cada vez mais sofisticada no Campeonato do Mundo de MotoGP. Recentemente, a Aprilia registou a patente de um spoiler traseiro que poderá chegar a um modelo de série.
Se até aos 100 km/h todos a influência dos apêndices aerodinâmicos é praticamente nula, resultando sobretudo num elemento estético, acima dos 300 torna-se indispensável.
A Aprilia, uma das marcas que mais tem investido com o objectivo de alcançar a maior eficiência aerodinâmica no MotoGP, recentemente registou a patente de um spoiler traseiro que ocasionalmente tem utilizado. Esse acontecimento não passou despercebido aos nossos colegas da Cycleworld.com que fez uma análise interessante da asa traseira da Aprilia MotoGP.
Em 2022, a Aprilia RS-GP foi a primeira a entrar em pista com um spoiler na traseira, mas atualmente, todas as motos de MotoGP têm este apêndice traseiro e, no caso da KTM, dá a impressão de uma caixa no topo da cauda, o que desde logo despoletou risadas e comparações com uma top case. A Yamaha apresentou uma peça idêntica, a Ducati tem uma espécie de barbatanas, ‘imitada’ em seguida pela Honda.
A patente registada pela Aprilia
Ao patentear o spoiler traseiro e as asas dianteiras, a Aprilia indicou que a ideia também pode ser utilizada em motos de estrada. A patente mostra que a marca italiana não está a excluir a possibilidade de trazer esta tecnologia para os seus modelos de produção e, antes que isso aconteça, quer assegurar a propriedade intelectual dos seus acessórios aerodinâmicos. É justo.
A realidade é que as asas, flaps, spoilers ou o que quer que lhes queiramos chamar, dão uma vantagem mínima e, na maioria dos casos, apenas a altas velocidades, pelo que pode não fazer muito sentido utilizar estes apêndices para os modelos de produção.
O texto que acompanha a patente diz: “O spoiler cria uma força aerodinâmica na roda traseira. Esta força é particularmente eficaz na entrada em curva durante a travagem; em travagem forte, ajuda a reduzir o ressalto da roda traseira, melhora a aderência e facilita a entrada em curva. Por conseguinte, o aumento da carga criada na traseira é útil nas rectas com ondulações, quando a moto atinge os 350 km/h e tende a perder aderência”.
Entre as novas desportivas de 2024, a Honda CBR1000RR-R Fireblade emprega já uma ‘asa dianteira’ larga, e o mesmo acontece com a BMW M1000RR de produção. Será que vamos ver o mesmo na futura Aprilia RSV4, com o suplemento de um spoiler na cauda? Veremos.
Fonte: Cycleworld.com
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