História da Öhlins – O mundo em suspensão

By on 13 Fevereiro, 2019

Foi em 1976 que Kenth Öhlin fundou a marca homónima de amortecedores que se viria a tornar mundialmente famosa. Envolvido de início no Motocross, onde fora mecânico de Hakan Calqvist, acaba por ser o Russo Genady Moiseev a dar o primeiro título mundial à marca, igualmente no Motocross.

Pouco tempo depois, em 1981, repete a dose com Neil Hudson, em Yamaha 250. Em 1983, a marca chega ao Mundial de Velocidade e é recompensada com o título de Carlos Lavado em 250.

Por essa altura, a excelência da elaboração de cada componente, laboriosamente maquinado com precisão em aço quando outros usavam peças plásticas, começa a granjear fama à marca, que depois de iniciar atividade em Jönköping, ainda trabalha num modesto barracão em Marsta, não muito longe do aeroporto de Estocolmo e emprega apenas 18 pessoas.

O avanço tecnológico, porém, não pára e pouco depois, em 1984, a Öhlins tira a primeira patente das suas suspensões CES de controlo eletrónico. Impressionados com a excelência da marca, que por esta altura equipa várias equipas de competição pelo mundo fora a Yamaha viria a comprar uma quota substancial da marca em 1986, permitindo expansão para outros mercados.

1991 viria a trazer maior consagração ainda, com Wayne Rainey a vencer o Mundial de 500 e a colocar definitivamente a empresa no mapa. Há algum tempo que a marca começar a oferecer igualmente soluções automotivas, e os seus esforços são coroados pouco depois, em 1993, com um primeiro título de Nigel Mansell nos Formulas do Campeonato CART.

Lavado vence nas 250GP

Por alturas de 1997, em franca expansão, a marca Sueca abre uma subsidiária nos Estados Unidos com um centro de vendas e distribuição para o continente americano. 1998 traz uma pequena, mas importante, distinção quando a marca consegue a certificação ISO 9001.

Rainey conquista o Mundial de 500 com Olhins

Uma parceria com a Tenneco Automotive vê um incremento da produção e das aplicações da bem-sucedida suspensão controlada eletronicamente, ou CES. Já este século, esta entra em produção em massa com a Volvo, para o S60R, enquanto os títulos mundiais em duas e quatro rodas se multiplicam. 2006 vê a introdução da tecnologia TTX e no ano seguinte, Kenth Öhlin volta a ganhar  controlo de 95% da empresa ao adquirir de volta as ações detidas pela Yamaha.

Por esta altura, a marca atinge a bela marca de 200 títulos mundiais ganhos com as suas suspensões e abra um Centro de ensaios no Nurburgring na Alemanha. É também neste ano que Noriuki Haga vence corridas no Mundial de Superbike numa Ducati equipada, claro, com Öhlins. Antes dele, Roche, Polen e Fogarty já tinham feito o mesmo. Até 2009, a marca consolida a sua presença no mundo automóvel, ao mesmo tempo que, pela primeira vez, uma moto de estrada vem com suspensões ativas… a Ducati Multistrada 1200S… com Öhlins, naturalmente!

Com mais de um milhão de válvulas CES vendidas para aplicações várias, 2010 vê a apresentação dum sistema de altura de suspensão variável para a Ferrari e no ano seguinte a BMW R1200GS torna-se na primeira aplicação “aftermarket”. O crescimento é agora exponencial, pois em 2011 atinge-se a marca de 2 milhões de válvulas CES.

Os melhores garfos do mundo?

No ano seguinte, a Ducati Panigale conta igualmente com a suspensão eletrónica, bem como a Yamaha R1M, e pouco depois os títulos mundiais da marca atingem já o bonito número de 300. A Öhlins está agora por todo o mundo, e há uns 4 anos estreou novas instalações… ao mesmo tempo que atingia o cifra de 5 milhões de válvulas CES comercializadas.. mas foi nas motos, modestamente, que tudo começou há mais de 43 anos!

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