Isso mesmo, a última criação da MV Agusta, como manda a tradição, nasceu uma “Gold Series”, 300 exemplares numerados, para compradores igualmente afortunados e abastados. Apesar da boca fechada dos homens da Schiranna, é muito provável que também vejamos uma versão “standard”, um termo que não é muito adequado, mas que dá a ideia.

Hoje, no entanto, todos os olhos estão postos nela, a Superveloce 1000 Serie Oro, com o seu design Neo Retrò, caracterizado pelos faróis redondos duplos, dianteiros e traseiros, e a sua atenção maníaca a cada detalhe e acabamento.

Retoma os conceitos e as linhas da sua irmã mais nova 800, mas é enriquecida por uma pesquisa aerodinâmica ainda mais acentuada, com um estudo dos fluxos de ar que quase contrasta com a imagem clássica de algumas linhas. 

Os apêndices aerodinâmicos são marcantes, lembrando uma MV de competição do início dos anos 70, a GP500.

Recordação histórica também para as icónicas jantes com o motivo da estrela estilizada que caracterizava as da lendária MV Agusta F4 750 Serie Oro, reinterpretadas com a presença de raios radiais.  

Outra homenagem à F4 é também evidente quando se olha para o escape com um silenciador de titânio de 4 saídas desenvolvido pela Akrapovic, com os característicos “tubos de órgão” e afinado para dar à moto um som especial. 

Não podia faltar o cinto de couro, que atravessa o depósito ao longo de todo o seu comprimento, começando pela placa de identificação gravada a laser na base e continuando até ao logótipo “Superveloce 1000 Serie Oro”, sob o qual está indicado o número do modelo.

Materiais preciosos em todos os pormenores da Superveloce 1000 Serie Oro, carbono em nada menos que 41 componentes, assento em pele e alcantara, ferragens em titânio e uma pintura Silver Needle, Pearl Shock Red e Gold Cycle simplesmente deslumbrante e de uma profundidade louca.

Como em todas as edições limitadas da MV Agusta, o cliente da Superveloce 1000 Serie Oro recebe um kit dedicado. Este kit exclusivo inclui o certificado de autenticidade e de origem da mota, que tem a mesma numeração do veículo, e a capa dedicada à mota.

A Superveloce 1000 Serie Oro monta o quatro cilindros em linha com 208 cv (153 kW) às 13.000 rpm e 116,5 Nm de binário às 11.000 rpm. Válvulas radiais de titânio, uma caraterística distintiva de todos os motores MV Agusta de quatro cilindros, bielas forjadas, também feitas de titânio, e cames tratados com DLC, com um curso capaz de atingir 14.000 rpm, graças à presença do contraeixo que mantém um nível mínimo de vibração.

A gestão do motor é assegurada pelo sistema MVICS 2.1 (Motor & Vehicle Integrated Control System) com 8 injectores: 4 inferiores e 4 superiores com fluxo aumentado. O corpo do acelerador tem 50 mm de diâmetro. 

O controlo de tração comutável tem oito níveis de intervenção: dois para condições de piso molhado ou escorregadio (Rain), três para utilização em estrada e três para pista. O Front Lift Control comutável optimiza o próprio wheelie, mantendo-o num ângulo ideal para tirar o máximo partido da aceleração, que pode também contar com o Launch Control. 

Para a Superveloce 1000 Serie Oro, a Pirelli produziu uma versão dedicada do Diablo Supercorsa SP V4 com um perfil vermelho distinto, acrescentando requinte e exclusividade à moto.

Imagem:https://www.moto.it