MV Agusta prepara avalanche de novidades para 2024

By on 24 Maio, 2023

O futuro imediato da MV Agusta parece muito promissor. Desta vez, graças ao acordo assinado com a austríaca KTM, que a apoiará financeiramente e operacionalmente, a marca de Schiranna prepara uma ampla gama de novidades para o próximo ano.

A KTM adquiriu uma participação de 25,1% na MV Agusta e os primeiros resultados já são visíveis, mesmo que ainda não tenham sido anunciados oficialmente. A entrada de capitais austríacos permitiu ampliar a gama que chegará num futuro próximo, como revelam os documentos arquivados na National Highway Traffic Safey Administration (NHTSA), órgão americano de segurança no trânsito. Vários modelos estão em andamento e devem entrar em produção em breve. Alguns serão apenas atualizações do já conhecido e outros serão completamente novos. Vamos então conhecê-los, decifrando os códigos VIN (Vehicle Identification Number) de cada um.

Brutale 950 e Dragster 950

A família denominada “B1” incluirá os modelos Brutale e Dragster equipados com motores de três cilindros. Entre as quais se destacam as novas versões Brutale 950 e Dragster 950, dois modelos que em princípio se destinam a substituir as atuais Brutale e Dragster 800.

A MV Agusta já mostrou o seu novo motor “950” de três cilindros na inédita Lucky Explorer 9.5 trail. Com uma cilindrada exata de 931 cc, isto representa um aumento significativo da sua cilindrada face ao três cilindros de 798 cc de onde tira a sua base mecânica; e que, recordemos, por sua vez teve a sua origem nas 675 cc no regresso da marca italiana à mecânica de três cilindros há pouco mais de uma década.

Naquela época, a transformação de 675 cc para 798cc significava o alongamento do curso nas suas dimensões internas, dos originais 45,9 mm para 54,3 mm; mantendo o diâmetro de 79 mm. Agora, na atualização “9,5″, o diâmetro aumentou para 81 mm; assim como o curso que passa a ter 60,2 mm, com o resultado de um volume efetivo de 931cc. A potência de 124 CV é modesta mas estamos apenas no início da evolução deste motor: dado que os 798cc já atingem os 140 CV, com a versão aumentada na ciclindrada não deverá ser difícil passar para os 150 ou mesmo para os 160 CV.

Superveloce 98 Edizione Limitata

Obviamente, o mesmo motor também chegará à série de superdesportivas da marca, mas a documentação arquivada não inclui uma F3 950 ou uma Superveloce 950. Em vez disso, existe um modelo chamado Superveloce 98 Limited Edition, uma nova versão que acompanharia as conhecidas Superveloce Alpine, Superveloce 75 e Superveloce Ago.

A marca Varese sempre gostou de edições limitadas, mas aquele “98” desperta curiosidade. Refere-se ao primeiro modelo da marca italiana após a sua conversão em fabricante de motos após suas origens aeronáuticas durante a Segunda Guerra Mundial? Ou talvez esta nova versão também possa se referir ao renascimento da MV Agusta , quando Claudio Castiglioni a assumiu a empresa e a primeira MV Agusta F4 foi apresentada em 1998. Ou seja, há precisamente 25 anos. Ou simplemente uma indicação de um novo aumento na cilindrada para os 980cc?

Laços chineses são para manter?

Para continuar com as questões que permanecem em aberto, a lista da NHTSA inclui duas gamas “1B” e “2B” indicadas como “atualmente não importadas para os Estados Unidos”, mas neste momento na gama da empresa de Varese não existem modelos excluídos dos EUA. Então, do que se trata? Talvez as já planeadas motos de pequeno porte que deverão ser desenvolvidas em colaboração com as marcas chinesas Qianjiang e Loncin, desde que os estreitos laços da KTM com a CFMoto, também chinesa, e com a indiana Bajaj não atrapalhem. E aqui, pode haver uma intervenção da KTM nessa tomada de decisão… veremos.

Lucky Explorer LXP Orioli e LXP Premium

No que diz respeito ao segmento de motos Adventure, a MV Agusta já mostrou a Lucky Explorer 9.5 com o motor de três cilindros, aqui indicado como “LXP”, mas a lista também inclui a Lucky Explorer Premium e a Lucky Explorer Orioli, celebrando os dois sucessos obtidos do italiano no Paris-Dakar com a Cagiva em 1990 e 1994. E não importa se ganhou mais duas com Honda (1988) e Yamaha (1996). No entanto, não é certo que estes modelos vejam a luz do dia, dado que numa entrevista recente, o patrão da KTM, Stefan Pierer, rejeitou a ideia de uma gama crossover com o emblema MV.

Duas novas versões da Superveloce 1000 também vão surgir: a Superveloce 1000 S e o Superveloce 1000 R. Provavelmente mais barato que a Superveloce 1000 Serie Oro que será produzido em número limitado, já apresentada mas ainda não em produção.

A última família é talvez também a mais interessante, porque monta um motor de quatro cilindros de 921cc que descende da unidade motriz usada na antiga F4. Já previsto no conceito 921 S, a sua presença no arquivamento da NHTSA confirma que entrará em produção. É uma café racer inspirada na 750S da época, à qual se irá juntar a 921 GT, que se distingue pelo assento mais longo e pelo guiador mais alto e largo.

Conclusão

Segundo o documento da NHTSA, uma temporada de lançamentos bastante intensa aguarda a MV Agusta . Poderemos saber mais sobre toda esta gama MV Agusta 2024, bem como os planos futuros da empresa no próximo mês de novembro durante o EICMA em Milão.

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