A empresa de motos elétricas Italianas vai voltar com novo financiamento
O fabricante italiano de motos elétricas Energica anunciou que foi obtido novo financiamento e que a empresa vai sair da falência e recomeçar a produzir.
Em julho, a Energica anunciou que tinha novos investidores e havia iniciado um processo de reestruturação com o objetivo regressar à plena operação.
Numa atualização divulgada esta semana, o CEO Stefano Benatti explicou que “a cessão da Energica, a que nos referimos no nosso comunicado anterior, está concluída”. Por outras palavras, a empresa recebeu financiamento de Singapura e está a trabalhar para retomar as operações.

“A primeira prioridade deste novo começo é reativar o fornecimento de peças para as nossas motos, para que os nossos clientes atuais possam manter as suas máquinas na estrada durante muitos anos”, disse Benatti.
“O próximo objetivo é retomar a produção de todos os quatro modelos existentes: a EGO+, a EVA Ribelle, a EsseEsse9+ e a Experia.”
Como parte do processo, Benatti afirma que a empresa “trabalhará para reconstruir pontos de distribuição e serviço nos nossos principais mercados e, com o tempo, expandir-se para mercados novos”.
Benatti afirma que tudo isto será gerido pela sede da empresa em Itália, mas, talvez notavelmente, o seu anúncio apenas menciona o desenvolvimento e as operações. O local de fabrico das motos não é abordado. A Energica foi fundada em Modena, Itália, em 2010 e rapidamente procurou posicionar-se como líder no mercado de motociclos elétricos. Fornecia as motos do Mundial de MotoE, mas depois vieram as dificuldades…

No geral, as suas motos foram bem recebidas pelos motociclistas, mas menos por um público cético em relação à eletricidade.
A Energica posicionou-se em destaque no mercado dos veículos elétricos de duas rodas como uma das marcas de e-bikes premium. Não estava interessada em produzir veículos urbanos baratinhos e acessíveis.
Em vez disso, queria competir de igual para igual com os melhores fabricantes de motos convencionais, mas criar motos que pudessem competir em termos de desempenho e estilo significava preços muito acima dos das máquinas com motor de combustão interna.

As vendas foram dececionantes e a Energica viu-se presa no ciclo da procura de financiamento. Acabou por se envolver com uma financeira questionável e agora falida, a Ideanomics, que se afundou no meio de uma onda de acusações de fraude, arrastando a Energica consigo.
Agora, aparentemente de volta a terreno financeiro estável, a Energica parece estar a adotar uma abordagem honesta em relação ao trabalho árduo que a espera.
“Retornar à produção em série e avançar com a inovação não é um processo simples ou imediato”, disse Benatti. “Pedimos a vossa compreensão e paciência.”