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Euro 5 em vigor: o que vai mudar a 1 de Janeiro?

By on 1 Dezembro, 2020

OS NOVOS REGULAMENTOS VÃO REDUZIR DE FORMA CONSISTENTE E SIGNIFICATIVA OS LIMITES DE EMISSÕES DE GASES POLUENTES. O QUE VAI ENTÃO MUDAR PARA OS MOTOCICLISTAS, AGENTES DO SECTOR DAS DUAS RODAS E FABRICANTES.

O espectro da Euro 5, aperta cada vez mais as regras de emissões para os fabricantes de motos, e se, de facto, a nova legislação tivesse entrado em vigor em Janeiro de 2020, no início do ano que vem iria ocorrer um corte definitivo com o passado, deixando milhares de motos em stock e sem possibilidade de serem comercializados.

No entanto, devido à pandemia de Covid19, aventou-se a possibilidade dos construtores de motos continuarem a registar os seus veículos Euro 4, pelo menos até 1 de Janeiro de 2021. A partir dessa data sim, deixam os fabricantes de poder construir de acordo com a anterior normativa para poderem vender as suas motos na Europa.

A NOVA ERA DE EMISSÕES

De fato, a partir do dia 1 de janeiro de 2021, todos os fabricantes do setor não terão mais a oportunidade de homologar um veículo de duas rodas com base nas antigas normas Euro 4, tendo de obedecer às novas leis europeias.

A nova legislação que entrou em vigor em breve derrubará bastante os limites de emissão de gases poluentes de todas as normativas anteriores. De facto, todos os veículos novos que saem de fábrica – com excepção dos veículos todo-o-terreno especializados que o fizeram até 2024 – terão de cumprir todos os regulamentos mais atuais em termos de emissões.

ATÉ QUANDO PODEM SER VENDIDOS OS VEÍCULOS EURO 4?

Estas obrigações legais geram uma clara mudança na construção de motores que têm de ser capazes de baixar o débito de gramas de monóxido de carbono por quilómetro, e por isso vemos agora uma ampla gama de novos modelos atualizados para a Euro 5.

Mas o que acontecerá com os motociclos e scooters da norma Euro 4? Felizmente, devido a uma transição mais lenta do que seria suposto acontecer – devido à intervenção na UE da Associação Europeia de Fabricantes de Motociclos (ACEM) – as motos construídas segundo os padrões de emissões Euro 4 – vão poder continuar a ser comercializadas pelos próximos dois anos, apesar de não cumprirem a nova lei de homologação.

No entanto, convém salientar que esse sinal verde, é apenas válido para os modelos novos em stock até ao momento do início do lockdown na Europa, ou seja, no passado dia 15 de março de 2020.

O QUE É E QUANDO ENTROU EM VIGOR A EURO 5?

No dia 1 de janeiro de 2020 entrou em vigor a Euro 5, uma norma aplicável a todos os ciclomotores, motociclos, triciclos e quadriciclos vendidos na União Europeia.

De acordo com a norma Euro5 não é permitido aos veículos da categoria L – ciclomotores, motociclos, triciclos e quadriciclos – ultrapassar as 1,000 mg/km de monóxido de carbono, 100 mg/km de total de hidrocarbonetos, 68 mg/km de hidrocarboneto não-metano, 60 mg/km de óxido de nitrogénio e ainda 4,5 mg/km de partículas.

Estes limites impostos pela Euro 5 são iguais aos que se aplicam aos automóveis na norma Euro 6. Sendo a nova norma Euro5 aplicável a todos os veículos da categoria L, existem no entanto exceções: motos de enduro, de trial, quadriciclos e triciclos “leves” usados para trabalho terão um pouco mais de tempo para se adaptarem à nova norma. De acordo com a União Europeia, estes modelos têm até 1 de janeiro de 2024 para cumprirem com a Euro5.

A inovação técnica da indústria do motociclismo tem tido um papel importante no controlo das emissões poluentes. Desde que a normativa Euro1 foi introduzida em 1999 que as diversas entidades que controlam a qualidade ambiental na União Europeia têm referido melhorias a nível da poluição, mostrando a eficácia das normas anti-poluição. Na verdade, as emissões combinadas de hidrocarbonetos e dos gases NOx diminuiram 96,6%; simultaneamente, as emissões de monóxido de carbono reduziram em 92,3%.

Tecnicamente falando, a Euro 5 obriga a que as motos estejam equipadas com sistema de diagnóstico a bordo (OBD) de nível 2, sistema que permite controlar de uma forma mais detalhada e avançada eventuais falhas nos diversos sistemas de controlo de emissões. A ACEM  têm investido fortemente na pesquisa e desenvolvimento para se produzirem motos compatíveis com a Euro 5, equipando as motos com catalisadores de 3 vias e sensores de controlos de oxigénio, sistemas complexos de controlo eletrónico do motor, sistemas de abertura variável das válvulas e de injeção, etc.

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