Moto elétrica americana vai competir na classe Super Hooligan nos EUA

As coisas estão a ficar sérias com as motos elétricas… Agora a Lightfighter, especialista americana em motos elétricas de alta performance, anunciou que vai entrar nas corridas da MotoAmerica em 2026, competindo ao lado de nakeds de motor convencional a combustão na classe Super Hooligan.
A pequena equipa de especialistas em baterias estabeleceu uma parceria com a OrangeCat Racing – que já obteve sucesso na classe Stock 1000 – e vai competir com o seu modelo naked V3-RH de 134 cv.
Outras máquinas que já competem na série Super Hooligan incluem a Indian FTR1200, a KTM 890 Duke R, a Harley-Davidson Pan America e a Street Triple 765RS da Triumph.
A equipa também já recebeu a marca italiana de motos elétricas Energica, (que antes eram as motos do extinto Mundial de MotoE), quando competiu com uma Eva Ribelle RS modificada.

A categoria Super Hooligan recebeu também recentemente a empresa americana Arch Motorcycle, co-fundada pelo ator Keanu Reeves.
A V3-RH, pronta para corridas, já fora revelada em meados de setembro na etapa Circuit of the Americas da série, em Austin, no Texas.
Concebida para utilização em circuitos, a apresentação no próximo ano contribuirá para o desenvolvimento de futuros modelos, bem como para a notoriedade pública.
O CEO da Lightfighter, Brian Wismann, afirmou: “Inspirámo-nos nos esforços das equipas anteriores para trazer novas tecnologias para a série”.
Wismann liderou a equipa Brammo na edição inaugural do Isle of Man TT Zero em 2009, antes de regressar com a Victory Racing. “Estamos ansiosos por dar continuidade a esta tradição, pegando na próxima geração de motores elétricos e provando o que pode fazer contra alguns dos melhores pilotos e motos do mundo”, continuou.

Alimentado por um motor elétrico refrigerado a água que passa das 11.000 rpm, o V3 também atinge um binário máximo declarado de 116 Nm ao veio de saída – mais do que suficiente para impulsionar o seu peso declarado de 186 kg de curva para curva.
A bateria de iões de lítio de 12,5 kWh refrigerada a ar é partilhada com uma alternativa V3-RS totalmente carenada, com todo o sistema monitorizado continuamente em busca de anomalias de temperatura para prevenir incêndios elétricos.
A bateria e o motor são mantidos no lugar por um chassis tubular em treliça de aço cromo-molibdénio, com a unidade do banco traseiro incorporada como parte de um design monobloco de fibra de carbono de peça única.
A bateria de iões de lítio utiliza as mais recentes células NMC de especificação automóvel da empresa alemã Farasis Energy.

O tempo de recarga demora aproximadamente uma hora. Tal como muitas máquinas elétricas, a Lightfighter dispensa o uso de mudanças, algo que é evidente pela ausência de pedal de mudanças nas peseiras.
A suspensão exibe um conjunto de garfos invertidos Öhlins FGR 252, além de um amortecedor traseiro TTX36.
As pinças Brembo GP4-RX também proporcionam potência de travagem na dianteira, aderindo aos discos de 320 mm com ranhuras em T.
A Lightfighter roda com jantes de 17 polegadas em ambas as extremidades, com um pneu Dunlop slick convencional 120/70 à frente e um robusto 200/60 estilo superbike atrás.
Dez V3 serão disponibilizados para compra, com os clientes a auxiliar na Investigação & Desenvolvimento.