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Limites sonoros e restrições de circulação a motos

By on 15 Setembro, 2020

OS FABRICANTES DE MOTOS TÊM A SUA PRÓPRIA VISÃO SOBRE AS CRESCENTES CAMPANHAS NA EUROPA PARA LIMITAR O RÚIDO DAS MOTOS, OU MESMO BANIR A SUA PASSAGEM EM ZONAS HABITUAIS DE CONCENTRAÇÃO AO FIM-DE-SEMANA.

Os fabricantes de motos alertam para a necessidade de considerarem novas soluções para os próximos modelos a construir, face a uma onda de proibições, multas e restrições impostas a motociclos em toda a Europa Central e do Norte, tomados como incómodos e barulhentos nessas regiões.

Embora o tema do “incómodo” do ruído causado por certos motociclistas venha sendo há muito falado, o assunto está a tomar cada vez maiores proporções na Europa, à medida que os municípios travam uma guerra com a legislação e as proibições que vão sendo determinadas.

Com dispositivos de medição de ruído que já vêm sendo testados em alguns países, o Conselho Federal Alemão lançou em Maio a “Iniciativa Contra o Ruído de Motociclos”, pedindo proibições e sanções para todos aqueles que desrespeitam as regras.

Em Junho, o estado austríaco do Tirol impôs proibições a motociclos que emitiam 95dB de ruído estacionário – encapsulando uma série de modelos muitos vendidos – em rotas populares. O resultado demonstrou que muitos motociclistas cumpriram essas proibições de circulação, e logo no dia seguinte à proibição entrar em vigor, muitos moradores notaram uma redução do ruído – na medida em que se fala agora no alrgamento dessa proibição a mais zonas da Áustria.

Além disso, há crescentes pedidos de uma ação semelhante na Alemanha, Suíça, Itália e França, também como resultado dessa experiencia no Tirol.

O impacto dessas medidas será gigante se houver a ameaça de alargar essa medida a toda a Europa, com enormes consequências para a indústria de motociclos, visto que os fabricantes teriam de considerar a legislação ao desenvolver novos modelos, levando certamente ao desaparecimento de muitos motores e inclusive, modelos de motos.

A RESPOSTA PRUDENTE DOS FABRICANTES

Em resposta, a publicação alemã de motos Motorrad.de realizou um trabalho de campo impressionante, para abordar cada fabricante para dar a sua visão sobre as questões atuais e responder diretamente a um punhado de perguntas. Embora a maioria tenha respondido com declarações a negar esse compromisso de cumprir as normas à medida que são apresentadas, a BMW e a KTM entraram em mais detalhes.

Deram uma sugestão para que os fabricantes se unam para argumentar ao lado dos motociclistas, incluindo uma maneira mais formal de testar o som das motos, apelando ao mesmo tempo os motociclistas a não irem além do que é aceitável para não colocar a comunidade motociclista em risco de perder as suas liberdades.

SUGESTÕES DA ASSOCIAÇÃO DE FABRICANTES EUROPEUS (ACEM)

Stefan Pierer, presidente da ACEM (Associação dos Construtores Europeus de Motociclos) Presidente e Chefe da KTM e Husqvarna, disse a propósito: “Como associação dos principais fabricantes globais de motos, a ACEM elaborou planos específicos para medidas sustentáveis e oportunas para combater o problema sonoro. A associação e os seus membros trabalham em estreita colaboração com os legisladores Europeus para resolver os problemas que podem surgir de exceder os limites de ruído permitidos”.

“Embora algumas das ações tomadas pela indústria de motociclos tenham impacto, os problemas imediatos de hoje também precisam ser resolvidos. As medidas tomadas apenas pelos fabricantes de motos não são suficientes”.

“O comportamento adequado também é exigido no campo dos fabricantes de escapes, bem como a nível nacional por parte de cada executivo e, em particular, por parte dos próprios motociclistas”.

“O tema do “som e volume dos motociclos” é muito complexo para uma resposta simples”, acrescentou Markus Schramm, responsável da BMW Motorrad. “O fato de as motos serem percebidas como “barulhentas” em certas áreas, pode ser devido a sistemas de silenciamento manipulados ou não aprovados, ao estilo de condução não social ou simplesmente a um alto número de motociclistas nos passeios de fim-de-semana”.

“Justifica-se punir todos os motociclistas pela má conduta desses indivíduos? O debate é emocionalmente carregado; É claro que, como fabricantes, também levamos a nossa parte da responsabilidade a sério.”

“Não definimos o som das motos em volume, mas pelo caráter do som. Levamos muito a sério as reduções nas emissões de ruído discutidas pelo legislador.”

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