Parceria com marca chinesa ataca o mercado de scooters em Inglaterra
Atualmente, quase não passa uma semana sem ouvirmos doutra marca de motos elétricas, quer sejam reais e a andar ou virtuais, ainda nos planos futuros de uma qualquer ‘start up’. Mas quando uma marca está estabelecida em Portugal, representada por uma firma tão prestigiada como a Lusomotos, e só agora chega ao Reino Unido, isso faz a notícia só por si.
Neste caso, são quatro os modelos elétricos anunciados para o Reino Unido, numa parceria entre uma startup britânica e a moto chinesa, de uma firma chamada Yadea. Esta reclama uma base global de 100 milhões de utilizadores, o que a tornaria a marca número um do mundo de veículos de duas rodas em termos de volume nos últimos oito anos.
Já a True Enterprises, também conhecida por True, é uma empresa britânica de tecnologia e mobilidade que será responsável pela distribuição das scooters e motos da Yadea para todo o Reino Unido, após ter anunciado a nova parceria no recente Salão de Birmingham. O novo acordo prevê que a True e a Yadea forneçam quatro modelos para o Reino Unido: a scooter GFX, as scooters Owin e Velax, bem como a moto Keeness.
É claro pelo comunicado da empresa chinesa que veem a Inglaterra como um ‘influencer’ ou uma espécie de porta para o resto da Europa, com a fundadora e CEO da True, Shirley Tsao, a afirmar: “A nossa missão é levar a mobilidade elétrica acessível e fácil de usar a mais pessoas. O Reino Unido não é sinónimo de veículos de duas rodas, que dominam a maioria dos outros mercados, especialmente no meio urbano. Uma maior adoção de mobilidade acessível, sustentável e divertida em duas rodas em Londres e noutras cidades britânicas terá um impacto positivo universal, e é por isso que criámos a True e estamos tão entusiasmados com a nossa parceria com a Yadea.”
Quanto aos modelos, parecem diferentes dos disponíveis no nosso país, e aliás diferentes dos disponíveis no site global da China, mas talvez seja um problema de nomenclatura, com nomes apelativos escolhidos mercado por mercado… e com nomes como ‘Vekoo’ na China, podemos entender porquê…
Seja como for, nestas o equipamento de série em todos os quatro modelos inclui localizadores GPS, baterias leves amovíveis e substituíveis, conectividade Bluetooth e a aplicação Yadea para partilha de chaves e outras funcionalidades de gestão do sistema.
A GFX terá lá um preço de 2.200 libras, cerca de 2.500 € e uma autonomia de 48 km, enquanto a scooter Owin, (acima) que parece ser a Orla na China, oferece uma autonomia de 80 km e custa 2.700 libras, ou 3.100€. Ambas são consideradas “motos urbanas”, sendo a opção ideal para se deslocar em Londres ou outras grandes cidades da Europa, segundo o fabricante.
Por outro lado, o modelo Velax está mais vocacionado para viagens em “estradas abertas”, segundo a Yadea. Com um preço que já rondará os 4.500€, a Velax oferece uma autonomia de 109 km.
Por fim, o modelo mais desportivo dos quatro é a moto Keeness, (no diagrama acima) que atinge uma velocidade máxima declarada de 109 km/h – mais 29 km/h que a Velax – tem uma autonomia de 129 km e custará 6.700 Euros.
A Keeness utiliza um motor central de 7 kW, uma bateria de lítio de 72 V e 32 Ah e produz 300 Nm de binário. Os modelos Yadea GFX, Owin, Velax e Keeness estarão à venda no Reino Unido a partir de dezembro, com uma garantia de dois anos. Falta o anúncio de planos de expansão para o resto da Europa.
