Enquanto aguardamos ansiosamente o anúncio de lançamento da nova T7 da Yamaha, uma todo o terreno que vem recuperar créditos antigos da marca do diapasão acumulados com as históricas Ténérés vemos, fruto do programa promovido pela Yamaha que estimula as preparações Yard Built, a concretização de alguns conceitos que poderão ver a luz do dia como motos a serem comercializadas pela própria fábrica.
O conceito Scrambler está na moda e o sucesso da Ducati com as suas versões e derivações sobre a mesma ciclística é incontornável. A Scrambler lançada anteriormente pela Yamaha, a SCR 950 com motor bicilíndrico em V, está longe de ter aptidão todo terreno e é mais uma custom que própriamente uma scrambler, embora alguns dos seus elementos se possam identificar com o conceito; guiador, tampas laterais e pouco mais.
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A tão ansiada T7, apresentada como Concept bike o ano passado nas feiras internacionais, que está prestes a sair segundo fontes da própria Yamaha, monta o fantástico motor da MT07 e da XSR700, o bicilíndrico da Yamaha que com 75CV tem sido referência em desempenho e prestações.
É de imaginar que com base na mesma ciclística a Yamaha, paralelamente à T7, mais direccionada para o Off Road e num estilo puro de Rally , possa também apresentar um modelo Scrambler um pouco à imagem da preparação que a empresa nacional Maria Motorcyces desenvolveu e apresentou recentemente no evento Wheels and Waves em Biarritz.
Foi precisamente no contexto do programa Yard Built que Luis Correia da Maria Motorcycles abordou a direcção de marketing da Yamaha Portugal no sentido de que lhes fosse cedida uma XSR para o efeito.
A ideia foi a de desenvolver uma moto a partir da base XSR que pudesse ser divertida de conduzir e pudesse ser utilizada tanto na estrada como fora dela. A partir da XSR a Maria Motorcycles meteu mãos à obra e os primeiros elementos a sofrerem a sua intervenção foram o depósito e toda a traseira da moto. De tal forma que acabaram por decidir fazê.lo numa peça só em alumínio pois seria mais simples do que fabricar um depósito e uma baquet em separado. O banco foi depois devidamente forrado com material tipo alcantara anti-derrapante.
A frente sofreu também a intervenção da Maria, com material da YamahaMT-09. Novas suspensões invertidas por isso com maior curso e travões radiais com maior eficiência, mas desativaram o ABS já que em off road é desnecessário.
No “cockpit” foi montado um guiador Renthal, com punhos Renthal também e sem manómetro. Como farol dianteiro foi montado um minimalista da Motogadget. As jantes raiadas da Kineo são tubeless sendo que na frente passou a montar uma de 19”. Os pneus são uns dual-sport da Michelin modelo Anakee Wild.
Os escapes em inox são também minimalistas e forrados de material para evitar queimaduras nas pernas. Foram ainda colocadas protecções de radiador e placas de números nas laterais.
A Orbiter, nome com que a Maria batizou a sua Scrambler, não passou despercebida e tem sido muito comentada internacionalmente e poderá servir de inspiração para um novo modelo Scrambler da própria Yamaha. Mas para isso teremos que aguardar pelas próximas feiras internacionais.
Fontes: Maria Motorcycles, Bike Exif Fotografias de Giuseppie Conti
