Devaneios ou criações para o futuro?
A Suzuki pode ter uma reputação estável como marca, mas está definitivamente a pensar muito à frente para o Japan Mobility Show.
Já demos uma vista de olhos ao que a Yamaha e a Honda planeiam mostrar no certame.

Tal como os seus concorrentes, e para não ficar atrás, a Suzuki vai exibir uma série de produtos e conceitos – desde coisas que já conhecemos e adoramos até coisas completamente estranhas.

Exemplo disso é o MoQBA 2: um robô de quatro patas que pode ser pilotado. Senta-se nele como se fosse uma mota, e pode, aparentemente, ser utilizado para um propósito semelhante – viajar na via pública – mas também pode contorcer-se para subir escadas.
“Preparamos variações que podem ser utilizadas para muitos fins”, diz a Suzuki. “Como o tipo de entrega de encomendas e o tipo de motociclo.”
A Suzuki apresentou este concept pela primeira vez em 2023. A empresa afirma que avançou consideravelmente para 2025.
Muito mais tolerável — e provavelmente com probabilidades de entrar em produção mais cedo — é a maxiscooter Burgman com motor a hidrogénio.
É uma Burgman exteriormente, mas movida por uma fonte de combustível que o Ocidente parece estar a adotar lentamente (existem apenas 4 postos de hidrogénio disponíveis ao público em Portugal, destinados a dobrar em breve). “A Suzuki está a realizar investigação e desenvolvimento em motores a hidrogénio como parte dos seus esforços multidirecionais para alcançar a neutralidade carbónica”, afirma o fabricante de Hamamatsu.
“É uma mobilidade que vai ao encontro do desejo de desfrutar de uma das alegrias das motos, o som do escape, enquanto se conduz um veículo amigo do ambiente.”

Possivelmente, um combustível alternativo mais viável é o bioetanol, vulgar no Brasil. É viável o suficiente, aliás, para que a Suzuki já venda a GIXXER 250 FFV na Índia.
A moto foi lançada em janeiro deste ano e funciona com 85% de bioetanol como combustível misto.
“A utilização de bioetanol de origem vegetal contribui para a redução das emissões de CO2 em comparação com os combustíveis fósseis convencionais, ao mesmo tempo que permite a utilização de gasolina, tornando-o altamente conveniente”, explica Suzuki.
Boas notícias para os Estados Unidos, talvez, que são o maior produtor e exportador mundial de milho (uma das principais fontes de bioetanol).

A tecnologia dos veículos elétricos (VEs) está a tornar-se cada vez mais convencional, e a Suzuki já está a trazer estes produtos para o mercado.
A e-Address foi revelada pela primeira vez na Índia no início deste ano e, segundo informações, poderia chegar à Europa no final deste ano.
Anunciada como “uma scooter altamente prática, equivalente a um modelo da classe 125cc, com autonomia suficiente e aparência refinada”, a e-Address ainda não chegou, mas, pronto, ainda faltam uns 80 dias para 2026. Tempo de sobra.

Se a Suzuki vai trazer veículos elétricos para cá, gostaríamos muito que a eVanVan fosse uma das primeiras.
Infelizmente, é apenas um conceito de momento. Um que “satisfaz o desejo do cliente de desfrutar de uma moto”. A moto é obviamente baseada e procura captar o espírito da adorada Van Van – um modelo lançado pela primeira vez na década de 1970.
Foi revivida como um modelo de 125 cc em 2003 e conseguiu manter-se até 2016, quando o politicamemnte correto a retirou do mercado.
“Propomos uma nova forma de aproveitar um veículo elétrico como uma moto divertida”, diz Suzuki. E por fim, uma scooter meio malcheirosa. A Suzuki não oferece muitos detalhes sobre isto, mas afirma ter desenvolvido um protótipo de uma scooter Access que funciona com gás biometano comprimido, extraído como subproduto de explorações leiteiras. Por outras palavras, é uma scooter movida a… gases de vaca. No mínimo, dá para pensar numas anedotas.