Veículos elétricos vão em breve ser tributados na Suiça
A Suíça quer mudar a sua tributação por forma a compensar o déficit trazido pela transição energética e consequentemente, a perda de receitas. Em estudo está um índice de quilometragem, segundo o qual, quanto mais conduzir, mais paga. Ou seja, se por um lado o Estado dá com uma mão (bónus ecológico para veículos de 2/3), por outro tira com a outra!
Como parte da luta contra as emissões poluentes, as autoridades públicas de muitos países estão a pressionar os utentes das estradas a abandonar os seus veículos movidos a combustão para mudar para motores elétricos. Para isso, vários auxílios de incentivo foram implantados nos últimos anos , mas já começam gradualmente a desaparecer. Pior ainda, uma tributação adicional poderia ser colocada em prática.
Além dos bónus e subsídios gastos pelos Estados, os veículos elétricos representam um verdadeiro déficit, uma vez que os impostos sobre os combustíveis que deixaram de ser cobrados. Promover a ecologia é bom, mas o pragmatismo económico nunca está longe.
Na Suíça , o governo federal pode ser o primeiro a dar um passo em sentido inverso, já que atualmente estuda uma forma de compensar a perda de receita ligada à transição elétrica. Naquele país, os utilizadores de veículos a gasolina e gasóleo passaram a ser tributados no combustível, passando a usar um autocolante obrigatório e impostos aplicados no ato da compra. O valor da receita vinculada a esses impostos, é de aproximadamente dois bilhões de euros por ano.
Para não perder esse dinheiro no futuro, o Conselho Federal pediu ao Ministério do Meio Ambiente e Transportes e ao Ministério da Agricultura que proponham medidas para ajustar a tributação dos novos veículos, a fim de mudar o sistema em vigor já em 2023 e tributar os veículos eléctricos, o mais tardar, até 2030. Para já, o Conselho parece optar pela criação de um índice quilométrico, um imposto que será proporcional à quilometragem dos veículos eléctricos. Basicamente, quanto mais quilómetros realizarem, mais vão pagar.
Embora esta seja uma novidade absoluta, não há dúvida de que a tributação dos veículos elétricos não vai parar na Suíça. Embora o TICPE seja a quarta fonte de receita do Estado, é seguro apostar que a França também vai criar uma solução alternativa para manter as suas receitas.
0 comments