Barcelona tem sido um terreno de caça feliz para o francês, mas a grelha baralha e volta a dar para tentar descarrilar o seu comboio vencedor…
Desde 2016 que a Yamaha não ganhava em Mugello, mas Fabio Quartararo colocou a YZR azul da Monster Energy no topo da última vez para completar quatro vitórias da Yamaha nos primeiros seis GPs pela primeira vez nesse mesmo ano.
A juntar-se a ele no pódio, pela primeira vez desde 2014 na pista italiana, não houve nenhuma Ducati.
O livro de registos levou uma reviravolta e em vez disso, foi a KTM pela mão de Miguel Oliveira da Red Bull Factory Racing, a colocar a cereja no topo de um fim-de-semana impressionante para a fábrica austríaca, e o atual campeão Joan Mir da Suzuki Ecstar a voltar ao pódio.
Agora, que se trata de uma Catalunha com uma nova Curva 10, o que podemos esperar?
Como sempre, Quartararo será um candidato. O francês venceu aqui no ano passado, apesar de uma carga tardia de um comboio Suzuki chefiado por Mir, e foi lá que ficou na pole como um rookie e fez o seu primeiro pódio da classe rainha.
Agora recuperado da operação à tendinite, e de volta ao seu melhor, o francês chega como favorito.
Maverick Viñales, que disse ter-se perdido um pouco do seu lado da garagem depois do bom começo no Qatar, terá como objetivo regressar ao lado de El Diablo na frente, e Franco Morbidelli (Yamaha Petronas SRT) procurará um início menos dramático da sua corrida para recuperar a sua impressionante forma anterior e até Rossi poderá dar um ar do seu eu anterior.
Segundo em 2020 na pista, mais um pódio da última vez, diz-nos que a maior ameaça pode ser Joan Mir, no entanto.
Tanto ele como o companheiro de equipa da Suzuki Ecstar Alex Rins estiveram muito rápidos em Mugello, e completaram o pódio em Barcelona no ano passado.
Rins, entretanto, é mais um homem à procura de redenção. Depois de velocidade e progresso, os acidentes têm acabado com as corridas do espanhol e ele ficou com uma montanha para escalar.
Tendo mostrado o rápido que é nas últimas etapas de 2020, se Rins conseguir manter-se, será outro nome a acrescentar à luta do pódio…
No entanto, na KTM, a trajetória já está de volta ao topo depois de uma carga incrível em Itália.
A fábrica austríaca não saiu ao ataque no início deste ano, mas desde então recuperou, como se viu em Mugello. Não foi apenas mais um pódio, mas também mais um nos cinco primeiros para a segunda KTM com Brad Binder a igualar o seu melhor do ano até agora, apesar de nunca ter andado em Mugello em MotoGP antes. Um novo chassis e Oliveira e Binder deram show, já que Binder igualou também o recorde de velocidade máxima… Poderá essa forma continuar em Barcelona?
A Ducati, entretanto, chega de um fim-de-semana um pouco mais apagado.
Mugello era suposto ser o seu território em, mas com Francesco Bagnaia a cair cedo, foi deixado a Johann Zarco (Pramac Racing) salvar o dia.
O Francês deu espetáculo com Quartararo logo no início, mas depois baixou dos lugares do pódio para a quarta posição.
No entanto, ele é segundo na classificação, e é sempre uma ameaça. O seu companheiro de equipa Jorge Martin também regressa de lesão este fim-de-semana, pelo que será mais um a ter em conta na garagem da Pramac.
E então Jack Miller da Ducati Lenovo? O homem de Queensland tem de ser tido em conta, apesar de um GP italiano mais modesto em comparação com os que o precederam.
Mas ele esteve perto da frente até ao final, com um recorde em Mugello que não o favorecia. Será que Barcelona verá Miller de volta à luta pelo pódio?
Na Honda, essa luta pelo pódio parece ser o objetivo. Depois de um ritmo por vezes impressionante, ainda não aconteceu em 2021, embora Takaaki Nakagami (Honda LCR Idemitsu) já tenha sido quarto, igualando o seu melhor.
Marc Márquez da Honda Repsol permanece sob o microscópio e o companheiro de equipa Pol Espargaró continua a evoluir e Alex Márquez da Honda LCR Castrol ainda não encontrou a forma do ano passado.
Para os três, no entanto, é território familiar… e têm currículos impressionantes no local. Poderão impressionar mais uma vez no Circuito de Barcelona-Catalunya?
A Aprilia Gresini, entretanto, continua em forma em 2021, com Aleix Espargaró a liderar o ataque. E, da última vez, pode ter sido o relvado da fábrica, mas desta vez é o quintal dele, uma vez que ele vem da vizinhança da pista. Com um bom historial e uma evolução contínua, o que pode a fábrica Noale fazer em Barcelona?
A vantagem de Quartararo nos pontos é substancial, mas a 24 pontos, ainda não é uma vitória completa. Portanto, um Grande Prémio pode virar tudo ao contrário.
