Fabio Quartararo tenta de tudo, mas não consegue repetir as prestações que em 2022 lhe valeram o Grande Prémio de Portugal de MotoGP. Ontem, no primeiro dia de testes em Portimão, houve mais dores do que alegrias do francês da equipa Monster Energy Yamaha.
“Se não encontrarmos uma solução amanhã chegaremos à primeira corrida despreparados. Sinto-me bem na moto, mas dizer que estamos preparados é outra coisa. Sinto-me frustrado, tento manter a calma, a pensar na condução. Aliás, a condução é o problema”. Esclareceu.
Então, o que funciona mal na M1?
“Além da travagem e da suspensão, tudo não funciona: estabilidade de travagem, curvas. Acima de tudo, lutamos na escolha dos pneus. A moto por vezes vai bem e por vezes mal. Então é complicado”. Responde o francês.
A escolha dos pneus também parece complicada na box de Fabio Quartararo.
“Com pneus de qualificação, a investida no contra-relógio não correu bem. Fiz 1m39″6, enquanto em 2022 num asfalto condicionado pela chuva e depois seco, 1m39 “4. E estava com pneus de compostos médios na terceira volta do Grande Prémio quando fiz esse tempo. Porém, a classificação não é o único aspecto que me preocupa. Se falarmos do Sprint, notamos que perdemos cerca de 5 décimos de segundo para os rivais nas primeiras cinco voltas da corrida. Da décima quinta à vigésima quinta volta sofremos um décimo em relação aos nossos adversários. No Time Attack, a diferença é determinada pelo pneus novos”.
Que inovações então os técnicos de Iwata trouxeram para Portimão? Na realidade, pouca coisa…
” Só asas maiores, mantendo-as. De resto, dedicamo-nos à afinação básica. Mais do que novidades, trabalhamos nas configurações. A maior parte do trabalho foi dedicada a pormenores. Falamos de velocidade máxima, nada mal, mas agora temos que resolver problemas maiores”.
