A equipa KTM teve uma época de 2024 mista no MotoGP. Enquanto o início foi promissor, com vários pódios de Brad Binder e Pedro Acosta, o resto foi mais complicado. Francesco Guidotti, chefe de equipa até ao final da época, antes de ser convidado pelos seus empregadores a sair da box laranja, fez a sua análise da última temporada.
Numa entrevista ao site oficial do campeonato, Guidotti, que está a completar o seu último ano como chefe de equipa na KTM, fez uma avaliação franca desta época contrastante.
”Começámos muito bem, com alguns pódios com diferentes pilotos, e as expectativas eram muito elevadas. Estávamos a apontar para o grande objetivo e penso que foi bastante bom até meio da época”. afirmou Guidotti.

No entanto, a KTM foi apanhada pela concorrência à medida que a época avançava. Guidotti admitiu que algumas decisões estratégicas poderiam ter sido melhores: ”A partir de meados da época, tivemos algumas dificuldades. Talvez a direção que tomámos não tenha sido a melhor para nós. Os principais concorrentes fizeram uma pequena melhoria, mas isso aumentou ainda mais a diferença. Tivemos um momento a meio da época que foi um pouco estranho; penso que foi aí que perdemos a oportunidade de nos mantermos perto do topo”.
Apesar destes contratempos, a KTM tem demonstrado uma capacidade consistente para competir entre as equipas de topo. Com novas contratações como Enea Bastianini e uma remodelação da gestão técnica planeada para 2025, a equipa espera aprender com esta época e regressar mais forte. Tudo isto num contexto de crise financeira para o construtor.