FIM e FEMA enviam carta aberta à Comissão Europeia

Organizações internacionais de motociclistas pedem melhorias na Segurança Rodoviária, numa carta aberta que foi enviada à Comissão Europeia, ao Parlamento Europeu, aos governos e parlamentos nacionais e às autoridades rodoviárias da Europa. Saiba tudo.

O alto número de acidentes com motos que resultam em mortes e feridos graves, significa que ainda há muito trabalho a ser feito na segurança viária. É por isso que as organizações internacionais de motociclistas FIM e FEMA escreveram uma carta aberta, na qual apelam à Comissão Europeia, ao Parlamento Europeu, aos governos e parlamentos nacionais e às autoridades rodoviárias para que tomem medidas.

Os números de segurança rodoviária recentemente publicados pela Comissão Europeia não parecem bons para os motociclistas. Embora o número de acidentes fatais tenha diminuído ao longo dos anos com 12% (contra um número crescente de motociclistas), em 2020, 3.042 motociclistas e 495 utilizadores de ciclomotores ainda morreram como resultado de um acidente na União Europeia e nos países da EFTA ( European Free Trade Association ).

Isso significa que 3.537 pessoas nunca foram para casa e que os seus entes queridos sentem a sua falta. Também significa altos custos para a sociedade. De acordo com o SWOV , os custos são de cerca de 6,5 milhões de euros por morte na estrada e 0,7 milhões de euros por lesões graves na estrada. Somente em fatalidades, isso significa um custo de quase 23 bilhões de euros para a sociedade. O dinheiro e o esforço gastos na segurança rodoviária não são, portanto, custos, mas investimentos em vidas, qualidade de vida e redução de custos para a sociedade.

Face a este cenário, as organizações de motociclistas FIM e FEMA apelam à Comissão Europeia, ao Parlamento Europeu, aos governos e parlamentos nacionais e às autoridades rodoviárias da Europa:

• Incluir os motociclistas nas suas políticas de mobilidade e segurança rodoviária.

• Construir estradas mais seguras e mantê-las em bom estado de conservação.

• Melhorar a educação e o treino (pré e pós-teste) de motociclistas, onde não apenas as habilidades e conhecimentos necessários sejam ensinados, mas também a atitude mental para conduzir defensivamente e a conscientização sobre a exposição ao risco.

• Estabelecer padrões para melhorias técnicas em motociclos e visibilidade de motociclistas usando luzes de direção extras.

• Facilitar campanhas promocionais efetivas sobre o uso de capacete, uso de roupas de proteção e comportamento de risco, para melhor defesa pesssoal e para que outros utilizadores da estrada tenham mais cuidado com os motociclistas.

Nota do editor: Esta carta, da qual reproduzimos aqui apenas os principais tópicos, foi assinada por Jesper Christensen, Diretor da Comissão de Mobilidade da FIM e por Dolf Willigers, Secretário Geral da FEMA.