MotoGP, Testes Misano: O que foi testado por cada equipa e piloto

Luca Marini foi o piloto mais rápido da sessão de testes de MotoGP que foi ontem realizada em Misano. Na 47.ª das 49 voltas que fez na sessão da tarde, o italiano retirou Maverick Viñales do topo da tabela, com Brad Binder a saltar para terceiro nos últimos instantes. Mas, sendo que os tempos interessam menos numa sessão de testes, vale a pena o que foi testado por cada equipa em Misano.

Começando pela Ducati, antes de falar do que a equipa testou, vale a pena dizer que havia algumas baixas nas várias equipas. A equipa oficial não teve qualquer piloto a rodar, com Francesco Bagnaia a poupar-se devido às lesões que tem, Enea Bastianini afastado também devido a lesão e Michele Pirro também de fora depois da sua queda como wild-card no domingo. Também Marco Bezzecchi e Fabio Di Giannantonio desfalcaram a VR46 e a Gresini, respetivamente. Em termos de novidades, não houve muito a mostrar. Jorge Martín teve ambas as suas motos com as carenagens laterais maiores em vez da afinação com as condutas que usou nas últimas provas, mas, tirando isso, não houve nada de inovações na Ducati.

Na Aprilia, houve um novo chassis, com Aleix Espargaró a dizer que não era melhor nem pior, apenas diferente, mais macio e lidava melhor com as lombas, algo que afetava a equipa em alguns circuitos. Viñales tinha dito mesmo na quinta-feira que não se tinha apercebido que a pista de Misano tinha lombas até chegar à Aprilia. Também na Aprilia, destacar o facto de Miguel Oliveira ter uma moto de 2023 na sua garagem, ao lado de 2022. O português disse que a moto de 2023 era um passo em frente em todos os sentidos.

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Na KTM, Jack Miller tinha um dos chassis que Dani Pedrosa usou no fim de semana, que se diz que é totalmente de fibra de carbono (Pedrosa não participou no teste). Já Brad Binder tinha um chassis preto, mas pareceu semelhante ao seu chassis normal de 2023, que Miller também testou. Na GASGAS, não pareceu haver muito a reportar, mas ambos rodaram bastante para ganhar mais dados. Pol Espargaró sofreu uma queda (tudo bem com o piloto), não participando na sessão da tarde, entregue apenas a Augusto Fernández.

Na Yamaha, uma das motos de Fabio Quartararo tinha o pacote aerodinâmico maior na sessão da manhã para um par de saídas, antes de voltarem a trocar. Mas depois testaram outro pacote: uma combinação da primeira versão do pacote de 2023, juntamente com algumas adições testadas previamente por Franco Morbidelli em Portimão. Morbidelli também testou o seu pacote aerodinâmico atual e o original de 2023 durante o dia, para além de uma nova proteção do tanque de combustível. O italiano testou também o duplo escape, já visto anteriormente, e um novo chassis que não mereceu uma avaliação positiva do número 21. Também havia uma quinta box na moto da Yamaha, provavelmente a que tinha um novo motor. Massimo Meregalli gostou do que viu nesse aspeto, mas Fabio Quartararo disse que esperava mais.

Por fim, a Honda, sobre quem se falava muito antes dos testes, com o falatório a poder provavelmente continuar. Marc Márquez e Joan Mir tinham cada um uma das motos que Stefan Bradl usou durante o fim de semana, com o novo chassis, nova cauda e novos escapes. Mir teve uma saída curta com essa moto, antes de voltarem a trabalhar nela na garagem, com o piloto a voltar a sair com ela muito mais tarde. Marc Márquez, por seu lado, fez algumas saídas com essa moto e o seu debrief não foi muito animador. Bradl tinha uma moto com o novo chassis, nova cauda e novos escapes, com Takaaki Nakagami a testá-la também. O consenso geral dos pilotos é que é diferente, mas não é necessariamente melhor nesta altura.

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