O executivo abriu a cortina quanto a uma nova desportiva, mas diz que tão cedo não veremos motos elétricas da marca

O CEO da BMW declarou há dias em entrevista que não há procura por motos elétricas ou motos de motocross.
Segundo o executivo, a BMW não está particularmente interessada em fabricar motos elétricas ou motos todo-o-terreno, mas pode ter planos em andamento para uma moto desportiva com menos de 1000 cc.
Estas são algumas das revelações de uma ampla entrevista que o CEO da BMW Motorrad, Markus Flasch, concedeu recentemente.
Perante tal cenário, não podemos deixar de nos interrogar sobre os planos da BMW no segmento das motos desportivas.

A marca oferece algumas das motos de produção mais potentes atualmente disponíveis, mas, neste momento, não oferece nada além do segmento de 1000 cc.
Flasch foi relativamente discreto sobre os produtos futuros, mas ofereceu a seguinte informação: “Podemos esperar ver algo mais pequeno do que a 1000 cc [S 1000 RR]. Mas é um pouco cedo para falar sobre isso.”
Entretanto, respondendo a uma pergunta diferente, disse que a BMW não tem planos para oferecer um motor de quatro cilindros em linha para nada além do segmento de 1000 cc.
Juntem estas duas respostas e terão uma ideia ainda mais clara do que a marca alemã está a desenvolver. Supomos que seja uma moto desportiva movida pelo mesmo motor bicilíndrico paralelo de 895 cc que impulsiona a agradável F 900 XR adventure sport tourer.

Passando para outros segmentos, Flasch observa que a oferta da BMW abrange uma vasta gama de opções e não vê muitas razões para continuar a expandir-se para novas áreas.

Assim, enquanto a Triumph e a Ducati se aventuram no mundo do motocross/enduro, a BMW não tem planos para seguir o exemplo.
Isto pode ser surpreendente, mas Flasch afirma que a procura dos consumidores está por detrás da decisão.
Os motociclistas da BMW podem adorar a natureza de ocasional todo-o-terreno da série GS, mas não querem uma máquina totalmente focada na terra.
“Estamos a tomar esta decisão falando com os nossos clientes e com a nossa base de concessionários e, por enquanto, não seguimos esse caminho”, disse.
Outro tipo de moto que não verá vindo da BMW é a elétrica. Pelo menos não uma moto completa. Flasch afirma que a resposta do cliente também está na base desta decisão.
Isto pode parecer estranho vindo de uma marca que acaba de receber 1,4 mil milhões de fundos da CE justamente para desenvolver veículos com combustíveis alternativos…

Apesar de a BMW Motorrad ter acesso a toda a tecnologia e conhecimento por detrás dos relativamente populares carros elétricos da BMW, “neste momento, não vemos uma procura real por uma moto elétrica”.
Isto não quer dizer que a BMW não irá fornecer mais scooters elétricas e veículos de “mobilidade de duas rodas”.
Estes veículos estão a apresentar um bom desempenho, afirma Flasch, e colocaram a BMW no topo do mercado quando se trata de scooters de 11 kW ou mais.

Por fim, parece que Flasch vê as mesmas oportunidades que a Benda procura no desenvolvimento de um motor de seis cilindros em linha de 1700 cc.
Afirma que as K 1600 da BMW (por exemplo, K 1600 GT, K 1600 GTL, K 1600 B) têm “uma base de fãs muito estável e forte que nos convenceu a dar mais foco” à plataforma. “O motor de seis cilindros em linha (…) terá um futuro brilhante, se me perguntarem“, finalizou ele.