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História|A Ducati

Paulo Araújo por Paulo Araújo
30 Outubro, 2025
em Clássicas, Destaque Homepage
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História|A Ducati
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parte 1


“A ideia logo surgiu de motorizar estas de algum modo, já que a Itália rural se industrializava rapidamente e as pessoas necessitavam transporte acessível…”

A grande marca Italiana apareceu apenas no final da II Guerra Mundial, tendo origem numa fábrica de aparelhagens de rádio, mas cedo viria a conhecer glória e fama através das suas proezas em pista…
A Ducati nasceu a 4 de Julho de 1926, fruto dos esforços do engenheiro Antonio Cavalieri Ducati e dos seus três filhos, Adriano, Bruno e Marcello. Adriano, apesar de ter apenas 20 anos, era um apaixonado pelo rádio: conseguiu bater o recorde para transmissões à distância com pequenos aparelhos, utilizando um transmissor de ondas curtas ínfimo, com a potência de 60 watts, o equivalente duma lâmpada, no qual conseguiu comunicar com a América.

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O ano era 1924, e a sua invenção tanto interessou o Ministério da Marinha que este adquiriu o rádio para o utilizar em comunicações navais. Em 1926, o ano em que Guglielmo Marconi recebe a sua licenciatura da Universidade de Bolonha, a “Societa Scientifica Radio Brevetti Ducati” é fundada na mesma cidade pela família Ducati. A firma começa a produzir capacitores numa pequena oficina no nº 51 da Via Guidotti, por baixo do apartamento dos irmãos, sendo a única em Itália capaz de produzir tais aparelhos.

Apenas 10 anos depois, a fábrica resultante já emprega 100 pessoas numa área de 200 metros quadrados, a fabricar ampolas, condensadores e outros componentes para rádios. A necessidade de trabalhar folha de alumínio levou a Ducati a adquirir na Suíça uma máquina de furação, a “Genevois”.
Foi o começo da Ducati Meccanica. Por alturas de 1935, a Ducati muda para o subúrbio de Borgo Panigale, onde uma moderna fábrica tinha sido construída segundo os requisitos dos irmãos Ducati. Mas com o advento da II Guerra Mundial, a fábrica é bombardeada frequentemente e em 1945 é completamente destruída.

No começo da guerra, a família Ducati empregava mais de 7.000 pessoas e por precaução, abrira em Bolonha, Florença e Roma laboratórios de pesquisa para projetar produtos utilizáveis no pós-guerra.
A produção Ducati nesses anos de reconstrução foi variada e imaginativa. Produtos como um intercomunicador, o Dufono, a barbeadora eléctrica Raselet ou a calculadora eletro-mecânica Duconta, e ainda cameras, juke-boxes, frigoríficos e… bicicletas.

A ideia logo surgiu de motorizar estas de algum modo, já que a Itália rural se industrializava rapidamente e as pessoas necessitavam transporte acessível.
Acontece que em Turim tinha sido fundada por Aldo Farinelli, um advogado entusiasta da mecânica, mesmo no fim da guerra, uma pequena fábrica chamada Siata, que patenteara um pequeno motor de 48cc a 4 tempos para bicicletas, o Cucciolo (que quer dizer cachorrinho).
A Ducati comprou os direitos e ferramenta e, com o auxílio da sua fundição em Cameri, começou a produzir o motor, que gastava um litro aos 100. O sucesso foi extraordinário, já que se acabaram por vender mais de 200.000 em todo o mundo!

Até uma música da época cantava o êxito do pequeno motor: “vieni con me, ti portero’ sul Cucciolo… il motorino e’ piccolo…. ma batte con il mio cuor” (“vem comigo, levo-te no Cucciolo…. o motor é pequeno…. mas bate com o meu coração”) Na versão Ducati, o Cucciolo, em Portugal quase uma palavra genérica para bicicleta a motor, chamava-se 55M e 65TL.
Tinha uma cilindrada de 60cc e montava um carburador de 15mm, pesando 46 Kg, podendo atingir os 65 Km/h, já que o motor apenas adicionava uns 8 kg ao peso da bicicleta.

Com a florescente economia, os gostos dos italianos tornaram-se mais requintados e o pequeno Cucciolo já não satisfazia a procura em alta, pelo que a Ducati decide apresentar no Salão de Milão de 1952 uma moto completa, a 65TS, e a Cruiser, uma “scooter” a 4 tempos. Apesar da recepção entusiástica no Salão, a Cruiser não vendeu bem, e apenas uns milhares chegaram a ser produzidos quando, dois anos depois, a produção cessou.

A empresa entretanto fora dividida em 1953 pela gerência, em Ducati Meccanica SpA e Ducati Elettronica, em deferência à sua produção diversificada. A divisão moto era gerida por Giuseppe Montano e, com subsídios governamentais, já produzia 120 motos por dia em 1954. Nos anos sessenta, a Ducati entra para a história da motocicleta com a 250 mais rápida do mercado, a Mach 1 monocilíndrica. O sucesso da empresa estende-se a Espanha, onde em Bilbao são produzidas sob licença, pela MotoTrans, a partir de 1960 e até aos anos 90, motos baseadas nas congéneres italianas. Destas, a 24 Horas de 250cc ganhou notoriedade após vencer as 24 horas de Montjuich por três vezes entre 1956 e 1958.

A COMPETIÇÃO
Apesar de ser um gestor nomeado pelo Governo, Montano é um apaixonado da moto e percebe que, para colocar a Ducati no topo, tem de se envolver na competição, já que o público italiano é fã das corridas e compra nas lojas o que vê ganhar em pista.
Assim, a companhia forma uma equipa de competição própria. O objectivo é ir atrás da imagem de empresas como a Moto Guzzi, Gilera, MV Agusta ou Mondial. Tal como a Ferrari, a Ducati usa por vezes o símbolo do cavalo empinado, em memória de Francesco Baracca, um às da aviação italiana que morrera na I Guerra Mundial.

A pequena SOHC Gran Sport de 98cc torna-se no protótipo para todas as monocilíndricas Ducati. O motor refrigerado a ar tem a cabeça inclinada para diante 10º, transmissão primária por engrenagem, lubrificação por cárter húmido e distribuição por veio cónico.
A moto, revolucionária, domina a classe nas corridas domésticas. A geração seguinte é uma 125 de DOHC que aparece durante a época de 1965. Só produz potência útil a altíssimos regimes, o que lhe traz problemas de flutuação de válvulas, levando os engenheiros da Ducati a ressuscitar a tecnologia Desmo.

O princípio de acionamento de válvulas conhecido por desmodrómico, que fora utilizado nos Mercedes de oito cilindros na Formula 1, é assim adaptado a motos, pela primeira vez com sucesso, na Ducati. O seu projectista chefe, Fabio Taglioni, (1920-2001) é um génio, que projectaria todos os motores da marca entre 1950 e os anos oitenta. A GP anterior produzia, quando muito, 16 cavalos às 11.500 rpm e se passasse daí, partia as molas das válvulas, enquanto a cabeça Desmo, que fazia 19 cavalos às 12.500, podia ir às 15.000 rpm sem problemas.

Claro que, com os lubrificantes da época, a vida útil do motor a essas rotações era curta, tendo de levar rolamentos de cambota a cada corrida. A Desmo 125 ganha o seu primeiro GP na Suécia em 1956, dando uma volta a todas as outras!
Por desgraça, o piloto Gianni degli Antoni, morre nos treinos da prova seguinte, em Monza. O programa de competição fica seriamente afectado, e só em 1958 a fábrica se consegue recompor, desafiando o domínio de Carlo Ubbiali na MV Agusta.

Nesse ano, a Ducati Desmo domina, até que uma lesão de Bruno Spaggiari os afasta a meio da época, mas apesar da vitória geral de Ubbiali, o motor Desmodrómico tinha-se provado, não só em termos de potência, mas como salvaguarda para as válvulas em caso de “pregos”.
A marca tem a visão de aplicar a tecnologia, até aí limitada à competição, nas suas motos de estrada em 1967. Entretanto, a América absorve uma tal percentagem da produção da marca que os irmãos Berliner, representantes nos EUA, ganham crescente influência na casa-mãe, vindo a influenciar o seu estilo e ajudando a diferenciar a marca no maior mercado mundial.

A 125 Sport tornou-se na 125 Monza. A Monza Super, uma espécie de “fase 2”, vinha com pistão de alta compressão, came modificada e carburador Dell’Orto SS1 maior, além de escape directo. A moto foi criada especialmente para exportação e nem sequer foi vendida em Itália.
Pressionados pelos importadores britânicos, a Kings de Oxford, os projectistas da Ducati começam a fazer uma 250 de competição, cientes de que, mais uma vez, esta traria os ensinamentos que levariam a uma grande 250 de estrada. Para começar, o protótipo ganha a maior parte das corridas em que alinha nos Estados Unidos, mesmo muitas disputadas em conjunto com as 500!

Daí, regressou a Itália para ser adaptada a moto de estrada. A primeira 250 de estrada da Ducati debuta assim na Feira de Milão, em Abril de 1961. O modelo torna-se tão popular entre apreciadores de desportivas que, em 1963, a Ducati introduz uma versão conhecida como a Diana Mk3 Super Sport, que se torna na 250 mais rápida do mundo.
A revista Cycle World dos EUA testa-a com um arranque ao quarto de milha de 16,5 segundos, com velocidade terminal de 130 Km/h e máxima de 166 Km/h – nada mau para uma 250 monocilíndrica!
Nem uma Yamaha TD-1 de pista foi capaz de bater esta velocidade, quanto mais qualquer moto de estrada de cilindrada semelhante da época…

O sucesso nos mercados Americano, Alemão, Britânico e Australiano era, assim, grande. Aproveitando as sinergias, a Ducati Meccanica SpA torna-se em 1965 o distribuidor para Itália dos automóveis Standard/Triumph e furgões Leyland.
O único ponto fraco na gama eram as 50cc de dois tempos. Embora na sua Itália nativa ganhassem, apesar do motor de 4,2 cavalos apenas, não se conseguiam vender na América. A gestão da marca nesses anos comete erros e desperdiça energias, pois em vez de se concentrar nas bem-sucedidas 4 tempos, insiste nas 50 e 100cc de 2T, invendáveis no mercado estrangeiro.

(continua)

Tags: Borgo PanigaleCuccioloDesmoDucati
Paulo Araújo

Paulo Araújo

Com uma experiência de várias décadas no âmbito do motociclismo, viajou pelo mundo cobrindo eventos nas duas rodas. Já foi piloto de velocidade, team manager, instrutor, jornalista e comentador de rádio e televisão, especializando nas modalidades de velocidade, em particular MotoGP, SBK e Endurance.

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