A Continental é uma empresa multidisciplinar, na qual não só está integrada a produção de pneus de alto desempenho para todo o tipo de veículos, como também outros elementos relacionados com a segurança, tal como a plataforma inercial IMU. Este é o verdadeiro cérebro da moto idealizado pela Continental:pesa 48 gr e é fabricado em material ultra-resistente
POR Redação • FOTOS Continental / https://www.continental.com/pt-pt/
Uma empresa como a Continental não se contenta em conceber o design, desenvolver e produzir pneus para motos e veículos de todo o tipo. Vai mais além e envolve-se ainda mais no âmbito da segurança, ao ponto de ter criado a sua própria plataforma inercial, denominada IMU, que é uma das mais avançadas do mercado, tecnologicamente falando.
De uma forma mais simples, falamos do cérebro da moto, numa era onde a intervenção da eletrónica é vital, incidindo de forma direta na nossa própria segurança. Esta é a principal motivação, para levar uma marca global como a alemã, a desenvolver a sua plataforma inercial que, no caso das motos, acaba por equipar diversos modelos de diversas marcas, tal como acontece com outros componentes, que são confiados a grandes empresas especializadas do sector.
A Continental é, no segmento da segurança, bom exemplo disso, ten- do criado a sua própria IMU. Trata-se de um componente vital na eletrónica dos modelos mais completos em termos tecnológicos, que é capaz de fazer a leitura em tempo recorde de cada movimento que a moto realize sobre qualquer plano e com base em qualquer ângulo. Para isso foram estabelecidos os respetivos parâmetros que permitem adaptar o comportamento da moto e do condutor aos parâmetros padrão, ou ajustados pelo próprio utilizador em relação aos níveis de intervenção e intrusão do controlo de tração ou ABS em curva em condução desportiva, por exemplo.
TUDO CONTROLADO
São muitos os parâmetros que são tidos em conta na hora de ajustar o comportamento da moto às exigências do condutor, tudo isso filtrado e analisado sobre a supervisão da IMU.
Um claro exemplo disso é o trabalho feito para evitar que a roda traseira gire sem avançar, perdendo o controlo como resultado da perda de tração excessiva da roda. Na verdade, são os mesmos sensores do ABS que trabalham no sentido oposto, para não bloquear a roda ao travar de forma repentina, brusca e que se encarregam de controlar em excesso de carga proveniente do acelerador aplicada a uma roda motriz, ainda que neste caso em concreto, e como é lógico, também intervém sobre a capacidade de aderência do próprio pneu e o estado da superfície da estrada (terra solta, água, etc).
Mas se falamos em controlo de tração e ABS, também temos que falar do próprio bloqueio da travagem em apoio lateral, um aspecto fundamental em condução desportiva onde a IMU e os respetivos sensores têm sido capazes de oferecer um nível muito elevado, e pouco usual, de segurança, impensável até há uns anos atrás. O seu trabalho aqui é fundamental para dar a confiança necessária ao condutor na hora de abordar uma curva em pleno apoio lateral, enquanto atua com determinação sobre a travagem: o sistema anti-bloqueio ABS Cornering através da IMU encarrega-se de manter a trajectória eleita pelo condutor, evitando perdas de tração perigosas provenientes do trem dianteiro, ou que a moto comece a perder, perigosamente, o apex da curva.
CÉREBRO ALEMÃO
A marca teutona, firme no compromisso como manda a tradição, derivada à sua origem, criou um processador capaz de filtrar uma enorme quantidade de “inputs”, como temos visto até agora. Se falamos no campo da aceleração e travagem, não podemos deixar de falar também noutras aplicações especialmente úteis em motos de maior potência, uma vez que a IMU processa a elevação da roda dianteira nas aberturas do punho do acelerador mais bruscas para manter a distância da roda anterior em relação ao solo.
Trata-se de outro parâmetro que, sobretudo nas motos se de processar a velocidade em aceleração e elevação do trem dianteiro, para limitar a potência que chega à roda motriz.
Outras funcionalidades da IMU são as populares luzes de curva, capazes de elevado nível tecnológico, pode ser ajustado pelo utilizador de forma independente ou através dos mapas de potência disponíveis no display da moto. Desta forma, é possível acelerar com uma ampla abertura do punho do acelerador sem temer sofrer um cavalinho repentino: a IMU encarrega-iluminar a zona interior de cada curva, incrementando assim de forma exponencial a visibilidade que temos à noite nas curvas, inclusivamente nas mais fechadas e difíceis de iluminar com recurso à iluminação mais básica.
Com iluminação normal, o que acontece é que quando curvamos a luz aponta para o “infinito” em vez de iluminar a zona mais interior da curva que é onde necessitamos de maior visibilidade.
Desta forma, a IMU encarrega-se de acionar as óticas desenhadas para este fim, mediante a informação recebida pelo próprio ângulo de inclinação da moto. Os dados provenientes dos seis eixos analisados pela unidade inercial são processados para que o resultado final seja produzido em poucas milésimas de segundo.
Estas são algumas das vantagens de dotar uma moto com uma plataforma inercial desenvolvida pela Continental, com aplicações tão distintas com as mencionadas, às quais podemos juntar ainda o controlo dos sistemas eletrónicos das suspensões, ou semi-ativas, radares inteligentes que adaptam a velocidade da moto às condições do trânsito circundante, os avisos nos retrovisores dos ângulos mortos. Tudo isto é possível graças à intervenção da IMU desenvolvida pela Continental.