Uma ‘concept’ híbrida com desempenho impressionante quer rivalizar com as motos de grande cilindrada
A inovadora marca chinesa Benda chamou a atenção na EICMA 2025 apenas realizada há dias, ao revelar um conceito radical de cruiser híbrido com motor boxer de baixa cilindrada, que promete potência de moto de grande cilindrada com apenas 250 cc. Denominada P51, a moto estreou-se na Europa após a sua notável apresentação no Salão Internacional ds Moto de Chongqing, em setembro.

A cruiser futurista combina um motor boxer bicilíndrico compacto, DOHC, refrigerado a líquido, com um motor elétrico integrado, produzindo uma potência combinada de 62 cv e um binário impressionante de 100 Nm, digno de supermotos.
Isto é suficiente, segundo a marca chinesa, para acelerar dos 0 aos 100 km/h em apenas 3,7 segundos. O nome do ‘concept’ faz referência ao famoso avião de caça P-51 Mustang da Segunda Guerra Mundial – uma aeronave utilizada, já durante a fase final do conflito no Pacífico, pelas forças aéreas da Aliança Sino-Americana.

A moto utiliza um sistema de propulsão combinado, com o seu motor a gasolina acoplado a um motor elétrico traseiro, alimentado por bateria, com um peso otimizado para auxiliar a tração nos arranques. O sistema pode ser utilizado apenas como veículo elétrico para condução totalmente automática ou em modo híbrido convencional para máxima potência.

Apesar dos componentes adicionais, a Benda afirma que o peso em ordem de marcha é relativamente baixo, de apenas 178 kg – aproximadamente o mesmo de uma naked de 300cc. Com 100 Nm de binário, o sistema híbrido promete muito mais binário do que um motor bicilíndrico convencional de 250cc.
Para comparação, a popular Triumph Speed 400 oferece 38 Nm de binário.
Ao descrever a decisão por detrás da construção de uma moto híbrida, Constantin Heinemann, responsável de marketing europeu da Benda, disse aos media: “Tudo se resume à liberdade que os nossos engenheiros têm para experimentar. Não bastava apenas fazer um motor boxer. Na China, a eletrificação avançou muito mais do que no mercado europeu, mas também não queremos eletrificar apenas por uma questão de respeito pelo ambiente, mas sim para trazer mais emoção à moto.”
“Temos o modo híbrido e o modo totalmente elétrico. Vimos alguns fabricantes aqui e ali a tentar explorar a tecnologia híbrida, mas penso que sempre adotaram uma abordagem mais racional à eletrificação. Ao adotar a sensação bruta de um motor boxer, acreditamos que podemos realmente despertar o interesse pela tecnologia híbrida”.
















