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Reportagem | 1º Portugal de Lés-a-Lés Classic | Museu dinâmico

Ricardo Ferreira por Ricardo Ferreira
25 Setembro, 2025
em Clássicas, Destaque Homepage, Mototurismo
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Reportagem | 1º Portugal de Lés-a-Lés Classic | Museu dinâmico
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Alinhámos para os três dias de uma nova variante do Portugal de Lés-a-Lés, a primeira edição do ‘Classic’. Um verdadeiro museu itinerante pelas estradas do norte do país que se revelou uma fórmula a repetir. Ficámos clientes!

POR LUÍS CARLOS SOUSA FOTOS LUÍS FREITAS CARVALHO

Parece que, finalmente, iam fazer um Lés-a-Lés à minha medida. Ou quase. Para ser mesmo à minha medida teria de ir andar de moto sozinho ou, quando muito, com mais dois ou três amigos. Mas esta nova variante, o 1º Portugal de Lés-a-Lés Classic, cumpria os mínimos olímpicos: as motos eram aquelas que me falam verdadeiramente ao coração, com mais de trinta anos (ou seja, sem qualquer eletrónica) e, entre outras vantagens, com o bónus de deixarem logo fora de jogo a turma dos aventureiros das malinhas de alumínio. E, claro, dando assim oportunidade à minha querida Yamaha XT600E de 1990 de ir apanhar ar…

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Mas tinha mais atrativos: em lugar da multidão de mil e muitos participantes do LaL ‘normal’ tínhamos quase cento e quarenta maduros, as etapas propostas para estes três dias descontraídos contavam entre os 160 e os 200 km e, pelo meio, estavam previstas visitas a algumas coleções privadas de motos antigas. A coisa prometia.

Já o percurso trazia-me sentimentos mistos: Bragança – Chaves – Famalicão – Lamego. Se, por um lado, ia poder andar de moto por uma região com muito para oferecer a todos os níveis, e que pouco conheço, por outro obrigava-me a fazer mais de 500 km saindo de Lisboa só para estar à partida em Bragança – e regressar desde Lamego – com uma XT que não está habituada a estas tiradas e me obrigava a um dia extra de viagem.

Solução: escrevo estas linhas a caminho do evento, sentadinho a bordo de um Dornier da Seven Air, saído há pouco de Tires rumo a Bragança. A moto foi entregue aos cuidados de um serviço de transporte que a irá deixar, juntamente com outras veteranas companheiras de viagem, à partida do evento. O regresso ficou em aberto. Posso conseguir uma boleia, vir de camioneta, apanhar o embalo e descer de moto ou, conhecendo-me, nunca se pode descartar a possibilidade de, por um ou outro motivo, me fartar da coisa e vir embora ao segundo dia…

Cheguei a Bragança. O dia está bonito e a XT já me esperava no hotel, por entre dezenas de preciosidades que começavam a dar entrada no evento para as verificações. A fauna é bem diferente daquela que encontramos por aí em muitos eventos de motos, uma coleção de personagens ‘old school’ à séria, sem exibição de tendências da moda, apenas uma paixão pelas motos que se sente apurada ao longo dos anos e não adquirida numa qualquer loja hipster.

Peguei logo na moto para fazer o gosto ao dedo nas estradas circundantes. Mais uma vez, conhecendo-me, espero que isto corra bem. Talvez a chuva prevista me acalme os ânimos e, como é habitual, o cérebro não tranque quando encontrar um companheiro à minha frente mesmo a pedir um ‘picançozito’ saudável. Será aqui que me vou finalmente transformar num mototurista e começar a ligar àquilo que fica dos dois lados da estrada – aqueles cenários um tanto desfocados que eles chamam ‘as paisagens’? Hoje à noite parece que há um briefing. A organização fornece um ‘track’ para GPS e um roadbook em PDF. Que não me servem de nada, pois nem sequer tenho suporte para um telemóvel. Hei de ir atrás de alguém. Logo se vê.

9 de maio Bragança – Chaves

Choveu durante a noite. Estrada molhada nos primeiros quilómetros. A saída do Castelo de Bragança é feita de forma faseada, conforme o horário atribuído (mais coisa menos coisa) aos participantes, de modo que não se criem ajuntamentos desnecessários na estrada e nos locais de paragem previstos. Arranjámos quase de forma espontânea um grupo que se demonstraria ‘5 estrelas’. Eu e minha XT, o Rodrigo Ribeiro com a sua eterna Super Ténéré 750 e o único e inimitável João Luís com uma Honda CB750K, que trouxe consigo o resto do ‘Team Jomotos’: o Luís e o Pedro, respetivamente com uma R100 GS Paris-Dakar e uma R1100 GS. E ainda bem que nos ‘colámos’, porque, para além de se revelarem grandes companheiros de viagem, eram os únicos com material para seguirem o track de GPS. 

Um tirinho de Bragança a Gimonde, com direito a uma curtíssima incursão num troço de terra, entretanto transformado em lama, e seguir pela N308 até à primeira paragem em Rio de Onor, aldeia dividida entre Portugal e Espanha. Foi daqui que arrancou o primeiro Portugal de Lés-a-Lés em 1999.

Neste primeiro dia não tínhamos agendadas visitas a coleções de motos, mas sim 200 km de pura diversão por entre aldeias perdidas no Parque Natural de Montesinho, com paragem em Vilarinho para café (ou outros aditivos) e comprar o premiado mel da Apimonte, rumo ao almoço em Moimenta. As nuvens adensavam-se, negras, a prometerem uma tarde bem molhada, mas foi uma promessa por cumprir. Apenas uns pingos soltos que nem chegaram para incomodar alguns quilómetros épicos numa paisagem quase sobrenatural, sentimento reforçado pelo céu cor de chumbo que nos acompanhou quase até Chaves. Foi um grande dia, com a XT a confirmar o que eu já sabia: leve, ágil, com as suspensões ideais para o piso maioritariamente irregular das estradas e caminhos que cruzámos. Tem 35 anos, mas está seguramente numa segunda juventude.

Bem-recebidos pelo Clube Motard de Chaves, com os célebres pastéis de Chaves e umas minis para empurrar, fomos acabar a noite em grande à Adega Faustino. Afinal, estou a gostar disto do mototurismo…

10 de maio Chaves – Famalicão

Saímos sem chuva, mas com a estrada ainda molhada. Acabaríamos por não escapar a uns pingos, nada de especial, talvez por (ainda a recuperar da noite anterior) termos saído mais tarde. O dia era curto, apenas 165 km, isto porque tínhamos na agenda duas visitas: o impressionante Armazém dos Sonhos de José Costa, em Montalegre, e a ultra exclusiva coleção privada de José Artur Campos Costa em Famalicão. Ambas são fabulosas por motivos diversos, mas apenas podemos recomendar a visita à primeira, uma vez que a segunda apenas foi desvendada nesta ocasião, excecionalmente, aos participantes do Lés-a-Lés Classic. O percurso não foi tão brilhante como o da véspera, pois as visitas obrigaram a alguns desvios, sobretudo a fase final do dia, entrando na mais movimentada e industrializada zona do Vale do Ave rumo a Famalicão, onde nos esperavam os ‘Escorpiões’ com animada receção.

Mas, antes disso, sensivelmente desde Bucos, tivemos direito a mais um festim de curvas pela N205. Sermos apenas cento e quarenta motos na estrada tinha a vantagem de podermos rolar num ritmo solto sem apanharmos demasiados participantes na estrada. Formavam-se grupos pré-programados ou espontâneos, de motos com andamentos semelhantes, e todos se divertiam. Várias Vespa, uns poucos sidecars, uma fantástica Indian de 1928, um bom lote de cinquentinhas nacionais, um grupo de amigos espanhóis com as suas Bultaco e Montesa, umas quantas bem aprumadas inglesas e alemãs e, em maioria, muitas japonesas que fizeram sonhar as gerações de quem está agora na casa dos cinquenta ou sessenta anos (entre os quais me incluo): CBX1000, Africa Twin, DR750 Big, XT600, Ténéré 600 e 750, XT500, CB750 Four, DT125MX e AC, etc. Um verdadeiro festim para os sentidos.

11 de maio Famalicão – Lamego

Do menu deste último dia constavam apenas 159 km, mas foram certamente os melhores no que respeita à qualidade das estradas que nos levaram até Lamego. Mas, antes de fazermos o gosto ao dedo, uma passagem por Felgueiras para visitar o fabuloso Museu da Moto Antiga de José Pereira. Apesar do impacto das coleções vistas na véspera, este foi o que mais me impressionou. Indescritível. Merecia, pelo menos, um dia inteiro para ser devidamente apreciado. Depois viriam mais umas pérolas, como a N101-4 até ao almoço em Celorico de Basto, mesmo com um piso em mau estado que, para a XT, ‘eram trocos’, os fantásticos cenários da N304 a subir a Serra do Alvão, um pouco da N15 na descida do Marão e, claro, um troço da N2 até Lamego, para fechar com chave de ouro. À chegada, frente à escadaria do Santuário de Nossa Srª dos Remédios, esperava-nos o C.A. de Lamego e o final de três dias memoráveis de motociclismo ‘à moda antiga’.

Uma palavra de agradecimento a todos os que, na FMP, desenharam este projeto e trabalharam para colocar de pé, aos moto clubes que tão bem nos receberam (esqueci-me de referir o Moto Cruzeiro em Bragança) e, claro, aos meus companheiros de estrada, Rodrigo, João, Luís e Pedro.

Finalmente, a escolha da Yamaha XT600E 3TB 1990 para este 1ª Portugal de Lés-a-Lés Classic foi plenamente justificada. Em primeiro lugar e mais importante que tudo o resto: porque não tenho outra!! Depois porque, para a minha estatura (e idade avançada), a XT permite cumprir este tipo de percursos relativamente curtos com desenvoltura, fazendo-me chegar ao fim fisicamente a 100% e pronto para outra. Adoro esta moto e não a conto vender nunca. Quando muito compro mais outra igual…

Quanto à transformação do meu espírito inicial de ‘estafeta urbano’, algo cético e hesitante, para uma espécie aparentada de mototurista ‘de época’, creio que foi conseguida. Vim de lá mudado e estes dias souberam-me muito bem. Quero mais. Agora vou ali pesquisar o preço de umas malas de alumínio e dois pares de faróis de nevoeiro… (nah, estava a brincar!)

Tags: 1º Portugal Lés-a-Lés ClassicClassicseventosMototurismo
Ricardo Ferreira

Ricardo Ferreira

Apaixonado por motos desde muito cedo, está desde há muito ligado à Comunicação Social, tendo trabalhado em diversos meios como AutoHoje, revista Motociclismo, jornal Volante, revista MotoMagazine e Autosport, entre outros.

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