Ensaio SYM Joymax Z125: Argumentos fortes
A Joymax Z125 é uma daqueles scooters que, por uma lógica industrial, partilha o chassis e toda a sua ciclística com uma cilindrada maior. Por essa razão, poderia pensar-se à primeira vista, contemplando o seu volumoso aspeto de maxi-scooter, que o pequeno motor de 124,9 cc não desse conta do recado de mover o conjunto… mas não é o caso, pelo contrário.
Em andamento, a Joymax revelou aceleração viva e uma capacidade de exibir até quase 120 Km/h no velocímetro com facilidade, sendo este um dos aspetos em que surpreendeu. Desde logo, as dimensões generosas tornam o modelo muito confortável, e o centro de gravidade algo alto torna-a até, uma vez ganha alguma confiança, mais linear a inclinar que scooter mais leves.
Em curva, a estabilidade é notável, aliás a SYM reclama uns possíveis 36 graus de inclinação, e a confirmar essa possibilidade não fomos capazes de roçar com nada a curvar. Para mais, a rigidez do conjunto mostra-se também exemplar, não exibindo tendências para abanar nem sacudir.
Na hora de travar, a travagem combinada, que faz com que a manete esquerda opere ambos os discos, liberta a mão direita para maior finesse no punho do acelerador, útil considerando que os utentes deste modelo podem vir do lado dos automóveis por via da Lei 78/2009, que permite conduzir scooters de 125 com carta B de automóvel, e não ser portanto os mais experientes ou empedernidos motociclistas. Por outro lado, não é pesadona quando parada, colocando-se no descanso, central ou lateral, com relativa facilidade.
Começámos por referir as dimensões volumosas da carroceria, para o que ainda contribui o vidro alto, que é colocável em duas posições à escolha. Tudo isto tem uma razão de ser, porque durante o ensaio, fomos comtemplados por várias vezes com o abrir dos céus e pudemos constatar em primeira mão uma excelência aerodinâmica que dificilmente adivinharíamos doutro modo:
Por outras palavras, em andamento à chuva, vamos tão bem protegidos atrás do vidro – e este estava na posição mais baixa! – e da carenagem que praticamente só se molham os ombros se nos conseguirmos manter acima dos 40 Km/h. Nota 10 neste aspeto, que há de se traduzir também em conforto para as pernas e pés em dias mais frios.
Considerando esta boa proteção e o nível de equipamento, que inclui um completo painel de instrumentos em LED, um enorme compartimento de bagagem a todo o tamanho do banco, que pode levar 2 capacetes integrais, mais um porta-luvas com tomada de isqueiro e o já mencionado vidro ajustável em duas posições, o preço de 3.899 Euros, situado abaixo da barreira psicológica dos 4 mil deliberadamente, vai decerto trazer muitas vendas a este modelo. Gostámos também do detalhe dos poisa-pés do pendura, que se abrem ou fecham meramente pressionado a peça que está sob tensão de uma mola.
O único ponto a melhorar na Joymax seria a suspensão dianteira, algo dura, facto revelado assim que tentamos negociar empedrados ou mau piso, quando a forqueta repete muito, não tendo o hidráulico tempo de reagir a solavancos mais violentos. Isto no entanto não chega a descompor a estabilidade do conjunto de maneira nenhuma, é apenas desconfortável.
Do lado mais técnico, o cilindro apresenta um revestimento cerâmico que é muito duro e mais resistente do que os habituais acabamentos de Nikasil à libertação de partículas por frição ou seja, muito mais resistente ao desgaste em funcionamento. E portanto mas duradouro. Este é um dos fatores a ajudar à confiança na mecânica que permite à marca dar uma garantia única de 5 anos e 100.000 Km.
O modelo vem em dois tons de cinzento, um prateado e um antracite mais escuro, branco como a unidade ensaiada e ainda um lindo azul vivo.
Qualidades aerodinâmicas, conforto, economia, preço, garantia única no mercado e uma rede de vendas bem estabelecida… a SYM Joymax tem tudo para ser um grande sucesso!
Mais: Conforto, Desempenho, Bagagem, Proteção Aerodinâmica, Preço
Menos: Suspensão dura em mau piso
SYM Joymax 125 | FICHA TÉCNICA |
Motor | Monocilíndrico de 124,6 cc , refrigerado a líquido |
Potência | 12,7 cv às 8.500 rpm |
Alimentação | Injeção eletrónica |
Transmissão | Variador |
Ciclística | Quadro tubular em aço |
Dimensões C x L x A | 1.985 x 717 x 1140 mm |
Altura assento | 770 mm |
Travões, Frente | Disco pétala de 260mm, ABS |
Travões, Trás | Disco sulcado de 220 mm, |
Rodas | Jantes de 14” em liga |
Pneus, Fr. – Tr. | 100/90/14 – 110/80/14 |
Suspensão | Forqueta hidráulica, Fr., 2 amortecedores atrás |
Peso: | 127 Kg |
Preço: | 3.899 € |
Importador | Moteo, S.A. |
Concorrência:
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