Ensaio: SYM Joymax Z300, a irmã maior
Absolutamente idêntica em termos de chassis e ciclística à Joymax Z125 que pode ser conduzida com carta B, a Z300 tem no seu motor de 297cc o seu argumento principal, fazendo aproveitamento das boas qualidades do conjunto para lidar com a potência extra do monocilíndrico de 27 cavalos, mas mantendo uma grande economia a utilização diária.
Com mais 15 cavalos que a versão 125, e com potência referencial no segmento das 300, não é surpresa que em andamento, a Joymax Z300 revele aceleração viva e capacidade de manter velocidades da ordem dos 120 Km/h com alguma facilidade e mesmo de atingir os 130 Km/h no velocímetro.
Apesar de ser compacta e esguia para uma maxi-scooter, a Z300 continua a ter as dimensões generosas, nomeadamente na área do assento, que a tornam muito confortável, com uma posição de condução natural, ereta mas não demasiado, e sem que o eventual pendura, acomodado no amplo assento traseiro, leve as pernas muito abertas para colocar os pés nas estribeiras laterais.
Em termos de comportamento dinâmico, a Joymax é exemplar. O centro de gravidade algo alto torna-a até, uma vez ganha alguma confiança, mais positiva na inserção em curva e linear a inclinar que scooters mais leves.
A estabilidade também é notável, em velocidade em linha reta ou em curva. Aliás a SYM reclama uns possíveis 36 graus de inclinação, e a confirmar essa possibilidade não fomos capazes de roçar com nada a curvar. Para mais, a rigidez do conjunto mostra-se também exemplar, não exibindo tendência para abanar nem sacudir mesmo quando seguindo a bom ritmo em piso degradado.
Na hora de travar, podemos fazê-lo com confiança, pois, e aqui reside uma das principais diferenças para a irmã menor de 125cc, na Joymax Z300 a travagem é dotada de ABS. Começámos por referir as dimensões volumosas da carroçaria, para o que ainda contribui o vidro alto, que é possível colocar em duas posições à escolha, com a alteração a exigir acesso a quatro parafusos.
Quer isto dizer que não é uma coisa para se andar a mudar regularmente, mas mais para decidir em que posição a queremos e lá ficar. Apesar de no caso da nossa unidade de ensaio o vidro estar instalado na posição mais baixa, pudemos constatar em primeira mão uma excelência aerodinâmica que dificilmente adivinharíamos doutro modo, porque durante o ensaio, fomos contemplados por várias vezes com o abrir dos céus e em andamento à chuva, vamos tão bem protegidos atrás do vidro e da carenagem que praticamente só se molham os ombros se nos conseguirmos manter acima dos 40 Km/h.
Nota máxima neste aspeto, que há de se traduzir também em conforto para as pernas e pés em dias mais frios, especialmente considerando que a autonomia e velocidade de que esta maxi-scooter é capaz já permitem encarar algumas deslocações maiores que o habitual casa-trabalho, e nesse caso é bom saber que vamos protegidos para o que der e vier.
Considerando esta boa proteção e o nível de equipamento, que inclui um completo painel de instrumentos em LED, um enorme compartimento de bagagem a todo o tamanho do banco, que pode levar 2 capacetes integrais, mais um porta-luvas com tomada de isqueiro e o já mencionado vidro ajustável em duas posições, o preço de 4.999 Euros, situado abaixo da barreira psicológica dos 5 mil deliberadamente, vai decerto trazer um bom número de vendas a este modelo. Também gostámos da palete disponível, do inevitável cinzento prateado ao branco tão na moda e ao azul brilhante da unidade ensaiada.
O único ponto a melhorar na Joymax, tal como na versão de 125, seria a suspensão dianteira, algo dura, facto revelado assim que tentamos negociar empedrados ou mau piso, quando a forqueta repete muito, não tendo o hidráulico tempo de reagir a solavancos mais violentos. Apesar disto não chegar a descompor a estabilidade do conjunto de maneira nenhuma, é apenas desconfortável.
Do lado mais técnico, o cilindro apresenta um revestimento cerâmico que é mais resistente do que os habituais de Nikasil à libertação de partículas por frição ou seja, muito mais resistente ao desgaste em funcionamento. E portanto mas duradouro. Este é um dos fatores a ajudar à confiança na mecânica que permite à marca dar uma garantia única de 5 anos e 100.000 Km.
Qualidades aerodinâmicas, conforto, economia, preço, garantia única no mercado e uma rede de vendas bem estabelecida… a SYM Joymax tem tudo para ser um sucesso!
Mais:
Proteção, Conforto, Desempenho
Menos:
Suspensão dura em mau piso
SYM Joymax 300 | FICHA TÉCNICA |
Motor | Monocilíndrico de 247,6 cc , refrigerado a líquido |
Potência | 27,8 cv às 8.500 rpm |
Alimentação | Injeção eletrónica |
Transmissão | Variador |
Ciclística | Quadro tubular em aço |
Dimensões C x L x A | 2.190 x 760 x 1150 mm |
Altura assento | 770 mm |
Travões, Frente | Disco pétala de 260mm, ABS |
Travões, Trás | Disco sulcado de 240 mm, ABS |
Rodas | Jantes de 14”/13” em liga |
Pneus, Fr. – Tr. | 120/70/14 – 140/60/13 |
Suspensão | Forqueta hidráulica, Fr., 2 amortecedores atrás |
Peso: | 184 Kg |
Preço: | 4.999 € |
Importador | Moteo, S.A. |
Concorrência:
Honda NSS 300 Forza: 25 cv, 5.800 €, 189 Kg
Suzuki Burgman 400: 23 cv, 8.499 €, 222 Kg
Yamaha X-Max 300: 27,6 cv, 5.995 €, 179 Kg
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