Indústria – Sinais de recuperação na Harley-Davidson

UMA LUZ PARECE ESTAR A APARECER AO FUNDO DO TÚNEL PARA A HARLEY-DAVIDSON, QUE VIU OS  SEUS LUCROS MELHORAREM AO LONGO DO TERCEIRO TRIMESTRE DE 2020 (JULHO-AGOSTO-SETEMBRO), NOMEADAMENTE COM UMA SUBIDA DAS VENDAS NA EUROPA – MUITO EMBORA NOS EUA A QUEDA AINDA SEJA DE 8% COMPARATIVAMENTE AO ANO ANTERIOR.

Estes não são números para os novos responsáveis da HD ficarem muito animados. Contudo, dada a reviravolta trazida pela estratégia Hardwire iniciada pela Harley-Davidson e queda nas vendas/produção provocada pela pandemia coronavírus e confinamentos, a marca norte-americana parece dar um passo na direção certa para recuperar.

Apesar da estratégia Hardwire permanecer ainda algo misteriosa, sabemos que a Harley-Davidson está a absorvendo alguns impactos financeiros, incluindo a despesa de sair do mercado indiano e a decisão de colocar um novo modelo já finalizado – a hyper naked Bronx – para segundo plano em termos de comercialização.

Neste momento, as receitas da Harley-Davidson de 2020 começam a estar alinhadas com o mercado mais amplo de motos, embora o boom no setor das motos de aventura ainda não conte, por enquanto, com a nova Pan America da Harley-Davidson.

Em tourné nos concessionários da Europa da marca, incluindo Portugal, a nova Adventure americana começa a despertar interesse, embora ainda nada se saiba nada em relação à sua disponibilidade (suspeitamos que só em 2021) e muito menos preços.

Existe uma confiança silenciosa de que a Pan America tem o que é preciso para ombrear coma todo-poderosa  R 1250 GS Adventure da BMW, mas apenas isso! Por último há a questão da entrada em força no mercado asiático com a pequena 338R – que apesar de não prevista para os EUA – que pode vir a trazer uma grande força à marca no forte mercado Indiano.   

No velho continente, as cruisers/custom continuam a ser a principal força de vendas da marca norte-americana.