A Motori Minarelli, adquirida recentemente pela Fantic, revelou a versão final do seu motor monocilíndrico de 300 cc injetado, com arranque elétrico, e principalmente 2 tempos! Excelente notícia para os motores térmicos e para a prática do enduro, mas não só…
As restrições ambientais vieram infernizar a vida ao motor 2 tempos. Vários fabricantes tentaram contrariar essa tendência, a Honda com a EXP2 de 1995 e a Aprilia, com o pequeno motor 50 Ditech, mas ambos os estudos ficaram-se pelo projeto.
A Minarelli já tinha mostrado, no final de 2019, um protótipo de motor de injeção de 2 tempos equipado com arranque elétrico que pretendia ser muito mais respeitoso com o meio ambiente. O fabricante de motores italiano, que trabalha com a Universidade de Modena para a dinâmica dos fluidos, desenvolveu um motor de ciclo de 2 tempos equipado com injeção eletrónica muito avançada.
Isso contribuirá para a sua despoluição e, portanto vai permitir atender ao padrão Euro5. O motor também será equipado com uma válvula de escape (habitual em unidades a 2 tempos) de um novo tipo que aumentará o seu desempenho de acordo com o fabricante do motor. Este motor de 300 cc, o futuro mecanismo estrela da gama Fantic, deverá equipar a próxima 300 XE do fabricante italiano.
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Com este novo motor, a Minarelli permitirá à Fantic homologar os motores Euro5 300cc a 2 tempos e assim competir com a KTM no mercado de enduro. Isto representa uma boa notícia para o mundo dos motores de combustão interna e para os pilotos de enduro em particular. Com efeito, o mercado de enduro (nacional e internacional) ainda se encontra maioritariamente centrado nos motores a 2 tempos.
Mas a Motori Minarelli-Fantic não deseja fechar-se neste mercado, estando já em projeto um novo motor de 2 tempos de 50 cc. Um motor que sucederá ao AM6 de 50 cc com carburador já Euro5 e que atenderá ao Euro5+ via injeção eletrónica.
As ‘cinquenta’ com caixa de velocidades são sempre populares em diferentes mercados. Dentro e fora das grandes cidades, são ainda muito populares entre os jovens de 14 a 18 anos. E fora da Europa também. Um desafio colossal para a Minarelli, que parece querer contrariar o ‘politicamente correcto’ de um futuro totalmente elétrico.
