As circunstâncias do grave acidente de Pol Espargaró em Portimão e uma série de outros incidentes causaram preocupação entre os pilotos de MotoGP. Alex Márquez (Gresini Racing) pede especificamente uma “Comissão de Pilotos”.
“Não sinto que tenhamos neste momento muita voz activa no MotoGP. Precisamos de uma ‘Comissão de Pilotos’ para isso”, salienta o piloto espanhol. “Esse é o futuro e temos que ter isso para evitar problemas como o que aconteceu com o Pol, por exemplo. Nós, como pilotos, temos que conversar sobre isso, ver quem dá o primeiro passo. Mas precisamos de uma associação de pilotos, como existe em todos os desportos”.
Por exemplo, na Fórmula 1 existe a ‘Grand Prix Drivers Association’ (GPDA). Neste momento, os pilotos de MotoGP têm a oportunidade na “Comissão de Segurança” de apresentar as suas preocupações de segurança ao promotor do campeonato do mundo Dorna e à federação mundial de motociclismo FIM. O que sucede é que as reuniões na noite de sexta-feira dos fins-de-semana dos Grandes Prémios estão praticamente vazias. Por outro lado, também é sabido que os pilotos raramente concordam, pondo quase sempre os seus interesses pessoais em primeiro lugar.
“Se existe uma associação de pilotos talvez isso não acontecesse. É fácil: se mais de 50 por cento dos pilotos dizem que não, então isso significa que não”, enfatizou Alex Márquez. “Este deve ser o futuro.”
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Será então necessário essa associação ter um presidente forte e imparcial. “Sim, não deve ser um piloto no ativo. Tem que ser outra pessoa, um ex-piloto ou talvez um advogado, porque ele tem que saber dos contratos. Deve ficar claro o que podemos ou não fazer. Isso também é importante”, disse o jovem Márquez.
