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ENSAIO YAMAHA XT1200Z SUPER TÉNÉRÉ de 2017

By on 29 Junho, 2017

As grandes motos Trail estão na moda e o segmento continua a crescer com quase todas as marcas a desenvolverem novos modelos ou a melhorarem os existentes face aos seus concorrentes mais directos. Embora a BMW GS continue a ser a referência em matéria de MaxiTrail e as suas vendas atestem essa liderança, o certo é que a concorrência está mais feroz que nunca e as marcas tentam fazer valer os atributos das suas MaxiTrail e posicionar os seus modelos face à restante concorrência.

É o caso da Yamaha XTZ 1200 Super Ténéré que carrega consigo toda uma herança histórica desportiva ligada às grandes competições de deserto e ao Paris Dakar nas mãos do super piloto Stephane Peterhansel.

A primeira evolução do modelo foi em 2014 e a versão de 2017 face à do ano anterior apenas apresenta algumas alterações estéticas e pequenos pormenores de pouca relevância, como por exemplo os piscas de LED e as novas proteções dos faróis. O painel de informação é agora totalmente digital com indicação da mudança engrenada, pese embora sempre que carreguemos na embraiagem a mesma desaparece passando a ter apenas um traço horizontal. Uma ficha de 12 volts é agora incluída que permite a ligação de todo o tipo de acessório ( GPS )

O banco é bastante confortável, o vidro frontal é regulável manualmente em quatro posições distintas e inclui agora cruise control e um regulador de velocidade.

A nível do motor este ganha mais dois cavalos, tendo agora 112cv. Mas mais relevante são de facto algumas das alterações no motor ao nível das árvores de cames, pistons e segmentos, janelas de escape e de admissão de maior dimensão e um novo escape. Tudo isto para suavizar a entrega de potência do motor e torná-lo compatível em simultâneo com a norma Euro 4.

A designação “Super Ténéré” remete-nos forçosamente para a antiga versão de 750cc que a Yamaha lançou no mercado no ano de 1989 embora a XTZ 1200, hoje em dia, mais pesada e volumosa, dispute mais o mercado das motos de grande turismo do que propriamente das trail mais versáteis, capazes de enfrentar estradões de terra e pistas de areia e suficientemente à vontade também em terrenos irregulares de pedra e lama.

A XTZ1200 vem equipada, como vem sendo moda, da electrónica que facilita a sua pilotagem. Controle de tração com três modos sendo um Off, e também modos de motor Sport e Touring, este último beneficiando o conforto e souplesse do motor e da condução, mas o nosso preferido sem dúvida o modo Sport mais de acordo com o temperamento que se espera de uma “Super Ténéré”.

Do ponto de vista da travagem monta pinças de fixação radial, pouco comum nas maxitrail e discos de pétalas ondulados. O ABS é obviamente de série e inclui um sistema de travagem misto em que acionando o travão dianteiro e dependendo do peso e da velocidade da mota, o traseiro é automáticamente acionado e doseado em função dos dados anteriormente analisados. O travão de trás não tem, claro está, qualquer influência no da frente mas, em relação a este último, achámos que o pedal estava colocado demasiado acima, obrigando-nos a tirar o pé da peseira para acionar o mesmo. Pode ser uma questão de afinação e claro, ao gosto de cada um.

O quadro é em tubos de aço e não em alumínio, mais mais resistente e adaptado aos caminhos fora de estrada. O braço oscilante não é um monobraço como nas GS, pese embora a transmissão se realize por cardan. As jantes de raios são sempre bem vindas sobretudo à hora de decidirmos circular fora de estrada.

O motor monta uma proteção em alumínio bem desenhada mas algo minimalista e os radiadores estão montados em posição lateral, tipo Honda VTR, com proteção adequada mas algo expostos a caídas laterais pelo que recomendamos a montagem de estrutura protectora existente na extensa lista de acessórios Yamaha no caso de se aventurarem no fora de estrada.

A postura de condução é bastante natural e confortável e a colocação do guiador e das peseiras favorece a pilotagem em pé o que é indispensável em todo o terreno. Os acabamentos são excelentes e as cores e grafismos de 2017 bem conseguidas sobretudo nesta versão azul que nos foi cedida.

A versão que nos foi cedida pela Yamaha Portugal montava descanso central e malas laterais, de efeito estético bem conseguido e integrado. O banco é regulável em altura de 845mm a 870mm e a parte traseira está preparada e resistente para poder montar todo o tipo de acessórios para viajar.

Em síntese a Yamaha XTZ1200 Super Ténéré é uma moto muito confortável, preparada para fazer grandes viagens e tiradas longas num só dia, tem alguma limitação fora de estrada devido ao seu peso e ao curso das suas suspensões mas compensa em estabilidade e na suavidade de todo o conjunto. Em relação à concorrência estará mais próxima de uma moto de grande turismo do que propriamente de uma trail mais endurista pelo que dependendo do objectivo de utilização a decisão de aquisição penderá mais para uma marca ou outra.

Ficha Técnica

PVP’s:

Versão XT1200 Z Super Ténéré        13.795 euros

Versão  XT1200 ZE Super Ténéré   16.295 euros

Cores 2017:

Prós: transmissão por cardan, conforto, ABS e controle de tração de série.

Contras: Peso, aptidão TT, pedal travão traseiro.

 

Concorrentes:

BMW GS 1200 Adventure – Motor: 2 cilindros boxer, 1.170cc, 125cv, peso 253Kg, altura do banco 890mm, rodas F19” e T17” PVP 17.893 euros

Suzuki V-Strom 1000 XT – Motor : 2 cilindros em V , 1.037cc, 101cv, peso 228Kg, altura do banco 850mm, rodas F19” e T17”, PVP 13.339 euros

Triumph Tiger Explorer XC – Motor: 3 cilindros em linha, 1.215cc, potência 139cv, Peso 253Kg, altura do banco 837mm (low version ), rodas F19” e T17”, PVP 18.400 euros

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