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Deus Ex Machina: A púra paixão de modificar

By on 13 Fevereiro, 2022

É impossível falar de motos customizadas no Século 21 sem mencionar a Deus Ex Machina. Em 2013, o customizador australiano já tinha filiais em Bali, Los Angeles, e Milão, com um workshop dedicado em cada uma delas. Motos, Surf e Lifestyle integram o seu portfólio.

As motos da Deus são belas, como jóias de tamanho grandioso, mesmo para pessoas que não andam de moto e dificilmente as comprem. No entanto, se não tiverem dinheiro para gastar numa das suas motos, podem sempre procurar consolo numa chávena de café ou comprar uma T-shirt afecta ao tema numa das suas lojas.

Se é verdade que a Deus Ex Machina tornou a customização de motos um grande sucesso, também o seu criador cedo sentiu na pele quão duro o negócio podia ser.  A empresa gastava em média por ano 10 milhões de dólares australianos, mas o fundador Dare Jennings durante muito tempo não viu um retorno do seu investimento… e durante vários anos, as receitas mal cobriam os gastos. Era o tempo da púra paixão de modificar, muito antes da Deus se tornar na empresa grandiosa que se tornaria, com filiais em Bali, Los Angeles, Milão e Tóquio.

O fundador da Deus Ex Machina cresceu numa quinta perto de Griffith, uma cidade sem semáforos na zona rural de Nova Gales do Sul. Dare aprendeu a andar de moto nessa quinta e deslocava-se todos os dias para a escola secundária numa velhinha Harley-Davidson WLA do tempo da Segunda Guerra Mundial. Mas, a verdadeira história começa realmente quando ele se muda para a Costa Leste e entra na área de artes da Universidade de Sydney.  

É nesta altura que Dare Jennings abraça definitivamente a paixão pelo estilo clássico, o surf e o lifestyle.  Em 1984, cria a marca de roupa de surf Mambo e 16 anos mais tarde, vende a sua parte na empresa por 20 milhões de dólares. Mas a história não acaba aqui!

Dare é conhecido pela sua natureza inquieta e por isso não demora muito até achar uma nova saída para a sua energia. Desta vez, um negócio criado em torno das motos, outra das suas paixões. O empreendedor australiano faz então várias viagens ao Japão, e nota o próspero crescimento da customização no País do Sol Nascente.

CHERRY CAFE RACER

É a subcultura do Japão que chama particularmente a atenção a Dare, especialmente as modificações feitas em motos como a SR400 e SR500 da Yamaha. Esses modelos com motores arrefecidos a ar eram muito populares entre os personalizadores japoneses, sobretudo porque tinham mecânicas simples, eram muito fáceis de manusear, sendo frequentemente reconstruídos para se assemelharem o mais possível às antigas motos britânicas e mesmo a algumas custom norte-americanas. A paixão pela ‘Old School’ estava assimilada.

Dare Jennings e Carby Tuckwell, fundadores da Deux Ex Machina

Com o germe da formação de uma ideia, Dare Jennings  começou a fazer os primeiros planos no início de 2004 e reuniu uma equipa de parceiros para o ajudar. Uma das primeiras pessoas a quem telefonou foi Rod Hunwick, da Action Motorcycles, um concessionário bem conhecido na Austrália no comércio automóvel. O segundo foi o director criativo Carby Tuckwell, que se tinha tornado famoso numa firma de design em Zurique.

Foi encontrado um enorme armazém em Camperdown, um dos subúrbios menos salubres da cidade de Sydney e a Deus Ex Machina abriu as suas portas em Outubro de 2005. Em poucos meses, parecia que todos os motociclistas de Sidney já conheciam Dale que abre uma loja de motos personalizadas, impecáveis na mecânica devido à ‘arma secreta’ da Deus: o seu mecânico Taka que sabia como ninguém pedir ao Japão os melhores componentes, desde punhos para as motos até assentos. O logotipo da Deus começa então a aparecer em todo o lado, seja nas motos, nas paredes e vestuário.

THE MOULIN ROUGE

O aspecto é desenhado à mão, retro, e muitas vezes irónico. Reflecte a personalidade de Carby Tuckwell, e parece familiar. A genialidade da Deus Ex Machina é que as suas motos fornecem o contexto e a autenticidade.

HONDA S90 CAFE

Uma das maiores vantagens das motos customizadas é que não há regras, barreiras temporais ou mesmo fronteiras intransponíveis. Em Bali, a Deus Ex Machina descobriu uma icónica Honda S90 da década de 1960 que transformou numa bela cafe racer.  

Enquanto o velho e cansado motor foi totalmente reconstruído, a estrutura, o braço oscilante e o depósito foram pintados com um branco ‘frigorifico’ brilhante. O assento solo em fibra de vidro, o novo guiador, a forquilha e um moderno disco dianteiro foram aplicados, em conjunto com as novas rodas de 18 polegadas e jantes de alumínio… Um desportivo silenciador cromado completou a mudança da S90 para uma bela cafe racer.

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