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HONDA CRF450L – Uma Verdadeira “Dual Purpose”

By on 30 Maio, 2018

 Com base na CRF450R de motocross, este novo modelo Honda “dual purpose” homologado para a estrada tem um chassis robusto e leve, construído para disponibilizar toda a força do seu motor, uma unidade potente e muito fácil de usar, logo desde baixa rotação. Os componentes de alta durabilidade e elevada qualidade, em conjunto com os intervalos de serviço alargados, oferecem uma condução despreocupada.

Uma moto verdadeiramente “dual-purpose” deve ter muitas facetas: em off-road, deve ter baixo peso, suspensões de qualidade e uma maneabilidade que ajude o condutor nas situações mais complicadas. O seu motor terá de oferecer boa potência e binário, logo desde baixa rotação – um motor que seja super-fácil de usar e que permita ao condutor aplicar toda a tracção possível à roda, independentemente do terreno.

Todos os atributos que tornam uma moto divertida de conduzir fora-de-estada também lhe permitem ser excelente na cidade: estreita e ágil, uma moto dual-purpose escapa-se sem problemas por entre os carros, absorve o pavimento irregular das estradas e mantém-se sempre à frente do trânsito graças às acelerações fortes mesmo nas mudanças baixas. Por outro lado, terá de ser um modelo muito fiável e sempre pronto a arrancar, com manutenção a intervalos sensíveis, entre as principais intervenções de serviço.

Os modelos de competição oferecem uma base excelente e sólida para adaptação a uma moto dual-purpose. No entanto, há muito mais a considerar. As performances ao nível da competição arrastam consigo calendários de manutenção muito exigentes, algo que se revela demasiado para quem enfrenta os trilhos fora-de-estrada por prazer e não em corrida – este tipo de utilizador apenas quer “dar à chave e arrancar”. Por outro lado, numa moto de competição onde nem sequer exista a preocupação de “disfarçar”, os elementos cruciais que lhe conferem a homologação de estrada e, no fundo, que a tornam uma verdadeira moto “dual-purpose” – as luzes, os piscas de direcção, o canhão da ignição – não são assim tão simples e nem exibem a durabilidade que podem e devem exibir.

A Honda entende bem isto e, com um desejo de produzir uma moto verdadeiramente dual-purpose e de forte inspiração numa moto de competição, mas com intervalos de manutenção muito mais “normais” e “componentes de homologação para a estrada” de elevada qualidade como base inicial, criou esta nova CRF450L.

Inconfundivelmente, esta é uma CRF de competição – e também tem aspecto disso – mas inclui todas as adições e modificações necessárias lhe conferem a homologação de estrada e uma suprema facilidade de utilização em ambiente fora-de-estrada. Por isso, a CRF450L é um modelo completo, uma dual-purpose verdadeira, que se sente tão à vontade a desbravar trilhos, como nos trajectos para esses mesmos trilhos. E, com base e, todo o “know-how”, tecnologia e qualidade de construção da Honda, é certo que este modelo será uma aposta ganha para os anos que se avizinham.

Nas palavras de M. Uchiyama, Líder do Projecto da CRF450L de 2019: 

“A CRF450L tem tudo a ver com máxima diversão em fora-de-estrada. O seu aspecto é igual ao da CRF450R porque, na verdade, a sua base é a deste modelo – só que mais fácil de usar e com homologação para a estrada. É isto que a letra “L” quer dizer – Legal para a andar na estrada. Este modelo foi concebido para oferecer uma condução excelente em termos de sensibilidade, com um motor de binário linear que ajuda o condutor a tirar o maior partido da tracção disponível, em todas as condições. E, muito importante, está repleto de tecnologias derivadas dos modelos HRC, mas com um calendário de manutenção adaptado a uma utilização mais realista”.

 

2019 CRF450L

Generalidades do modelo

O caminho percorrido pela CRF450L entre moto pura de competição e moto homologada para a estrada foi muito detalhado. Esta homologação exigia que o motor cumprisse a norma EURO4 e, de um ponto-de-vista de longevidade e capacidade de utilização, o seu débito de potência e carácter tiveram que ter uma atenção muito cuidadosa.

Ainda é uma CRF450R; apenas está mais “calma”, em termos mecânicos, no quadro e no motor e também no novo escape. Agora, os mapas de injecção e de ignição são geridos por um sensor de O2; a relação de compressão desceu e a massa da cambota aumentou, melhorando as capacidades de condução. A caixa é uma unidade de 6 velocidades – para maior facilidade de utilização em estrada – e a transmissão na roda traseira tem agora um dispositivo de amortecimento.

Os plásticos são iguais aos da CRF450R e todas as luzes são de LEDs, com o farol dianteiro a oferecer um feixe penetrante de luz. O depósito em titânio tem maior capacidade de combustível, o que aumenta a autonomia da CRF450L e todos os itens que a tornam homologada para a estrada – tais como o velocímetro e a buzina – estão incluídos de série.

 

 Motor

 Baseada na CRF450R, o primeiro intervalo de manutenção grande é aos 32.000 km

– Homologação EURO 4 e arranque eléctrico

– A cambota de maior inércia melhora as capacidades de condução e oferece maior sensibilidade da tracção

– Caixa de 6 velocidades

Apesar de a ciclística deste modelo dual-purpose ser mais simples de converter a partir da base oferecida pela CRF450R de motocross, o motor de 449 cm³ necessitou de maior consideração por parte dos engenheiros da Honda. Os requisitos eram vários: a necessidade de cumprir os requisitos da norma de emissões EURO4 e dos regulamentos sobre ruído e torná-lo bom para uma grande diversidade de condutores, em diversas situações de condução, tanto na estrada, como fora dela.

Apesar de a arquitectura fundamental da unidade Unicam de quatro válvulas permanecer inalterada, foram alterados diversos detalhes que lhe conferem uma gama de utilização bastante mais amplificada: a massa da cambota foi aumentada, resultando em mais 13% de inércia, o que, para quem conduz nos trilhos, significa melhor binário, sensibilidade e respostas; a temporização do comando das válvulas foi revista de forma a oferecer uma maior distribuição da potência e do binário; a caixa tem agora 6 velocidades, em vez de 5 e permite maior amplitude de utilização em estrada pavimentada; e as tampas esquerda e direita do motor têm coberturas exteriores para reduzir o ruído de funcionamento.

Noutro lado, o alternador tem maior capacidade, permitindo-lhe fornecer a potência eléctrica necessária para as luzes de LEDs e para manter a bateria sempre carregada durante a utilização a baixa rotação. A bateria é uma unidade de elevada capacidade.

O diâmetro e o curso permanecem inalterados em relação ao que se encontra na CRF450R e são de 96 x 62,1 mm, mas o pistão usa 3 segmentos em vez de 2 só, para maior durabilidade. A relação de compressão é de 12,0 : 1 (em comparação com o valor de 13,5 : 1). A caixa redesenhada para o filtro do ar alimenta o sistema PGM-FI; este sistema é gerido por um sensor lambda colocado no escape de alto volume (que vem substituir o design robusto de dois silenciadores da CRF450R). O sistema de Injecção de Ar (AI – Air Injection) e o catalisador limpam os gases de escape.

A cabeça do motor é uma unidade Unicam de quatro válvulas, com balanceiros de roletes nas válvulas da admissão e 7,7mm de elevação; no escape, a elevação é de 6,7 mm. O diâmetro das válvulas de admissão é de 38 mm. As molas das válvulas são de secção cruzada oval e o ângulo das válvulas é de 9° na admissão e de 10,5° no escape.

A embraiagem usa 7 discos de fricção com um prato de 2 mm de espessura a dissipar o calor de forma eficiente; as molas criam uma ligação boa e consistente. O pinhão de ataque tem 13 dentes e a cremalheira da roda traseira tem 51.

O pico de potência é de 18,4 kW (25CV) e o pico de binário é de 32N·m. Na perspectiva do utilizador que faz trilhos fora-de-estrada por prazer e não por competição, é muito importante que o motor seja fiável e que os intervalos de manutenção sejam espaçados de forma considerada normal. E é aqui que a qualidade de construção e o design da CRF450L mais sobressaem; os grandes intervalos de manutenção são feitos a cada 32.000 km, com uma mudança de filtro de ar, óleo e filtro de óleo a cada 1.000 km.

 

Ciclistica

2019 CRF450L

– Luzes integrais de LEDs, depósito de maior capacidade e descanso lateral

– Radiador de maior volume e ventoinha de arrefecimento eléctrica

– O estilo reflecte de perto o da CRF450R

Tendo recebido uma renovação total em 2016, o chassis da CRF450R revelou-se a base perfeita para o desenvolvimento da CRF450L, com alterações que complementam a maior gama de utilização deste modelo, bem como a sua homologação para a estrada.

Para começar, o quadro de dupla trave de secção cónica em alumínio é mais largo nos pontos de pivot do braço oscilante, para acomodar a maior largura do motor que resulta da caixa de 6 velocidades. A coluna da direcção foi modificada para se poder montar um canhão de ignição e o braço oscilante de alumínio tem injecções de uretano para reduzir os ruídos. O sub-quadro é o mesmo, com o ponto de montagem ajustado para receber o farolim traseiro e o silenciador montado à direita.

O ângulo da coluna da direcção e o eixo de arraste (trail) são de 28,5°/122 mm, com uma distância entre eixos 18 mm maior em relação à da CRF450R, de 1.500 mm, para maior estabilidade. As colunas da forquilha têm 22 mm de descentragem, tanto na 450R, como na 450L. O peso em ordem de marcha é de 130 kg; a altura do banco é de 940mm.

A forquilha Showa USD de moas de aço e 49 mm – com regulação da pré-carga e do amortecimento em compressão – é complementada por um amortecedor traseiro Showa com sistema Pro-Link. À frente, o disco ondulado de 260 mm oferece excelente dissipação térmica, com potência e sensibilidade fantásticas, graças à pinça de dois êmbolos; atrás, a travagem, é complementada por um disco ondulado de 240 mm e pinças de um êmbolo.

Enquanto a CRF450R usa uma jante traseira de 19 polegadas, a CRF450L tem uma de 18 polegadas (que calça um pneu de enduro) e um dispositivo de amortecimento na transmissão na roda traseira que absorve os esticões da corrente de transmissão; esta é uma corrente 520 protegida por um guarda-corrente em plástico. A jante dianteira é de 21 polegadas e ambas as jantes estão pintadas de preto. Os pneus têm dimensões de 80/100-21 à frente e 120/80-18 atrás.

O estilo da CRF450L tem inspiração total no da CRF450R. O guarda-lamas traseiro, os painéis laterais e a protecção do motor são idênticos aos do modelo de competição. Os resguardos laterais embutidos ocultam o radiador de maior volume e a ventoinha eléctrica. As luzes são todas de LEDs (incluindo os piscas de direcção e a luz da chapa da matrícula); o velocímetro, a buzina, o interruptor da luz dos travões e os espelhos retrovisores satisfazem os requisitos legais e o descanso lateral aumenta a funcionalidade. A CRF450R usa um depósito de combustível em titânio com 6,3 litros de capacidade; na CRF450L, o volume aumentou 1,3 litros, para 7,6. O tampão de combustível também tem tranca.

 

Especificações técnicas

MOTOR  
Tipo Monocilíndrico, Unicam, 4 tempos, refrigeração por líquido
Cilindrada 449 cm³
Diâmetro ´ Curso 96,0 x 62,1 mm
Relação de compressão 12.0 : 1
SISTEMA DE ALIMENTAÇÂO DE COMBUSTÍVEL  
Alimentação Injecção de Combustível
Capacidade do depósito de combustível 7,6 litros
SISTEMA ELÉCTRICO  
Ignição CDI Digital
Arranque Eléctrico
TRANSMISSÃO  
Tipo de embraiagem Húmida, multi-discos
Tipo de caixa Engrenagem constante
Transmissão Final Por corrente
QUADRO  
Tipo Dupla trave em alumínio
CICLÍSTICA  
Dimensões (C´L´A) 2.280 x 825 x 1.260 mm
Distância entre eixos 1.500 mm
Ângulo da coluna da direcção 28° 5′
Eixo de arraste (trail) 122 mm
Altura do banco 940 mm
Altura ao solo 315 mm
Peso em ordem de marcha 130,8 kg
SUSPENSÃO  
Dianteira Forquilha dianteira Showa de 49 mm,
Traseira Mono-amortecedor Showa, com sistema Honda Pro-Link
JANTES  
Dianteira Alumínio, de raios
Traseira Alumínio, de raios
Pneu dianteiro 80/100-21
Pneu traseiro 120/80-19
TRAVÕES  
Dianteiro disco
Traseiro disco

 

Galeria de Imagens

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