Aprilia RS 660: Três versões e um único sentido

A mesma alma desportiva, repartida por três versões capazes de colocar a palpitar forte os corações. A desportiva de peso médio da marca de Noale pode hoje ser encontrada em três configurações, vocacionadas para diferentes idades e níveis de experiência – inclusive para os titulares da carta A2: Aprilia RS 660, RS 660 35 kW e RS Extrema.

O nome Aprilia lembra-nos de imediato competição ao mais alto nível, seja nas pistas de asfalto, e especialmente no MotoGP onde hoje é uma força dominante, mas também no offroad, onde também tem um passado glorioso a defender. As corridas são a sua razão de ser e delas a Aprilia retirou o seu DNA, hoje espalhado por uma ampla gama de modelos, desde a mais modesta moto até à poderosa RSV4 – ‘marco’ essencial do seu domínio histórico no Mundial de Superbikes, que vem do tempo do título de Max Biaggi, o lendário piloto romano que venceu 3 títulos consecutivos (1994, 1995 e 1996) com o fabricante de Noale nas antigas GP 250 do Mundial de Velocidade.

Revelada no Salão de Milão 2018, a Aprilia RS 660 foi o ponto de partida para uma nova família de modelos do fabricante de Noale. Entrou em comercialização em 2020 e logo se tornou num sucesso total para a marca, que hoje tem no campeonato italiano de velocidade (CIV) um troféu monomarca muito competitivo e participado, dedicado precisamente a este modelo.

Até hoje, a gama Aprilia RS 660 expandiu-se no mercado para um total de três modelos: a RS 660 standard, a RS 660 de 35 kW para a licença A2 e a RS 660 Extreme, a versão mais ousada para os circuitos.

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O ponto-chave da RS 660: simplicidade!

Com uma estética apurada e componentes de altíssimo nível, a RS 660 é uma desportiva lógica, com um motor bicilíndrico potente, com um quadro alto, muito leve e realmente empolgante. O seu visual é igualmente cativante com uma bela e estudada carenagem de formas pontiagudas, entradas de ar aerodinâmicas e o fino farol múltiplo de LED, e a estreiteza e esbelteza mais típicas de uma moto de menor cilindrada. É uma moto única, acessível, emocionante e, ao mesmo tempo desportiva e com a mais moderna eletrónica do mercado.

O seu coração é um potente bicilíndrico paralelo de 660 cc que utiliza a tecnologia do bloco de cilindros dianteiro da superbike da marca, a RSV4, e ainda compartilha o seu diâmetro de cilindro (81 mm). O bicilíndrico paralelo tem um sincronismo de cambota de 270º, o que na prática nos diz que se comporta muito como um motor em V e, na verdade, soa semelhante ao motor da RSV4. Conta ainda com performances gratificantes, poderosos 100 cv a 10.500 rpm, mais um binário de 6,8 kgm (67 Nm) a 8.500 rpm, mas às 4.000 rotações já entrega 80% desse binário, um facto assinalável.

Equipamento e eletrónica de topo

A sua ciclística é suportada por um quadro de dupla viga de alumínio, do qual o motor é uma parte resistente, e quanto às suspensões, monta uma forquilha invertida multi-regulável Kayaba, e um monoamortecedor traseiro muito vertical, também multi-regulável e que embora não possa bielas, possui progressividade graças a uma mola espiral dupla. A travagem é assegurada por travões Brembo , com discos dianteiros de 320 mm, mordidos por pinças radiais de quatro pistões, gerenciados por sua vez por uma bomba radial e com ABS Bosch 9MP sensível à inclinação.

A instrumentação assenta num atraente ecrã TFT a cores com conectividade Bluetooth e possui o pacote eletrónico mais completo que pode encontrar numa Supersport, com IMU, Aprilia Traction Control, AWC Aprilia Wheelie Control, ACC Aprilia Cruise Control, AQS Aprilia Quick Shift, Aprilia Engine Brake e mapa do motor da Aprilia.

Tanto a Aprilia RS 660 como a limitada a 35 kW estão disponíveis em duas gamas de cores, Racing Black e Tribute, mas a RS 660 de 35 kW também pode ser adquirida em Acid Gold. Quanto à RS 660 Extreme, esta está disponível apenas com a decoração de corrida Chequered Flag e possui escape da SC Project, caixa de velocidades invertida, capa de assento e várias peças de carbono.

Por fim, a Aprilia RS 660 para quem possua a carta A2. É a mesma RS 660 mas com a potência reduzida para 35 kW. Oferece exatamente o mesmo que a RS 660 exceto pela potência máxima, obviamente, ou seja, tem a mesma ciclística, as mesmas ajudas eletrónicas, a mesma tela TFT e a mesma estética. Externamente, não difere em nada da básica RS 660. O melhor de tudo é que após os dois primeiros anos da habilitação A2, se o proprietário fizer o exame para a carta A, poderá transformar a RS 660 de 35 kW numa RS 660 de 95 CV.

O êxito na Twins Cup da MotoAmérica

Um ano após o seu lançamento comercial, a Aprilia RS 660 celebrou o seu primeiro marco desportivo importante: a média desportiva italiana conquistou os Estados Unidos, dominando a edição de 2021 da Twins Cup , o prestigiado campeonato norte-americano dedicado às bicilíndricas de médio porte, cilindrada incluída na MotoAmerica , a principal série de competição dos Estados Unidos . Para comemorar essa importante vitória, a Aprilia apresentou uma edição especial numerada de 1.500 unidades RS 660 no EICMA 2021, caracterizada por uma pintura inédita com estrelas e listas inspiradas na bandeira dos EUA.