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Flat Tracker Yamaha TZ750  legalizada

By on 8 Fevereiro, 2019

O Canadiano Brad Peterson é das poucas pessoas que pode gabar-se de ter uma moto de Flat Track com motor de Yamaha TZ750 na sua garagem. E também de ela estar legalizada para circular na via pública! No mínimo, pouco habitual para uma criação equipada com um motor explosivo a dois tempos com uma aparência clássica de Dirt Tracker, do tipo que provocou em Kenny Roberts pai o comentário “não me pagam que chegue para pilotar esta coisa!”

A TZ750 foi uma das motos de Flat Track mais extrema de todos os tempos: Kenny Roberts atingia os 230 Km/h nas retas com ela e a moto foi banida pouco depois, após uma vitória em meados dos anos 70, um pouco por pressão do lobby da concorrente Harley-Davidson, diga-se de passagem.  Quer isso dizer que meros mortais podem bem hesitar antes de passar uma perna por cima da criação.

O diminuto Steve Baker foi outro piloto que lutou com a TZ750. “Um dos meus amigos mostrou-me uma foto da Dirt Tracker original do Steve Baker e disse que um TZ750 faria uma Dirt Tracker de rua bem louca!”, lembra Brad. “Aquela foto, que ainda está afixada na parede da minha garagem, foi o que começou esta aventura.”

Esta TZ750 foi construída em redor de uma réplica de um quadro de corrida Champion Racing. E não é nenhuma réplica antiga, mas uma recriação moderna: o projeto original de Doug Schwerma foi reproduzido e construído por Jeff Palhegyi, um homem com uma reputação muito sólida nos mundos gémeos da competição e da preparação de Yamaha.

“Não tive a sorte de encontrar uma das seis TZs originais construídas com o quadro Champion” – reconhece Brad. “Então, montar uma com uma réplica foi o melhor que se conseguiu.” Aninhado nesta ciclística está um motor quatro em linha de TZ 750D, basicamente como duas RD350LC montadas lado a lado. O propulsor fora preparado originalmente em 1977 pela Scott Guthrie Racing, uma empresa que estabeleceu mais de 380 recordes de velocidade em terra. (Este motor de TZ já possui vários registros, tendo estado matriculado noutros veículos.)

O motor da ‘D’ conseguia um aumento de 30 cavalos de potência em relação aos seus três predecessores, ficando a debitar 120 cavalos em formato de origem. Este exemplar em particular foi equipado com carburadores Lectron e o fluxo de gases das cabeças e transfers foi otimizado, com o todo afinado especificamente para uso em estrada. Essas gloriosas câmaras de expansão do escape são mais uma vez o trabalho de Jeff Palhegyi. Ele pô-las a acabar num par de minúsculos silenciadores da TZ Mike.

“Descobri que não se pode andar discretamente nela”, diz Brad. “É uma fera furiosa que faz uma enorme quantidade de ruído e deixa um rasto de fumo de dois tempos atrás que quase não dá para acreditar.” Como muitas máquinas de Dirt Track modernas, esta TZ750 monta garfos da Yamaha YZF-R6, acoplados ao quadro com mesas personalizadas. Uma R6 também doou o sistema de travagem – incluindo a pinça dianteira e o disco (com um suporte de disco personalizado).

A Santa Fe Motors forneceu as jantes de 19 polegadas (equipadas com borracha Dunlop mesmo à época) e há um cubo traseiro de montagem rápida, juntamente com outra pinça e disco de R6 e amortecedor Race Tech atrás.

Os guiadores são da Flandres, um dos nomes mais antigos da fraternidade de dobragem de tubos, e valorizados com uma bomba de travão da Brembo. Os indicadores de temperatura e conta-rotações da Scitsu são os originais, no entanto. A iluminação discreta da Baja Designs é necessária para tornar a TZ legal para circular na via pública.

“É um sistema elétrico de perda total”, explica Brad. “Mas quase não descarrega, nem me lembro quando carreguei a bateria pela última vez. Dura que é uma loucura! ” As tampas laterias de baixo perfil são da First Klass Glass. Brad pintou-as ele mesmo – nas cores vermelhas da Yamaha Canadá, com o número # 32 do Steve Baker, é claro.

“Está completamente legalizada para circular na via pública”, acrescenta “Chapa de matrícula, luzes e tudo. As motos de corrida e os motores são originalmente vendidos sem matrícula, por isso passei muito tempo a trabalhar na papelada para a conseguir legalizar. ” A TZ750 não tem motor de arranque, mas dá para pegar de empurrão em cerca de um metro e meio.

 “Uma vez que descobri a vela certa, é uma loucura como é fácil de pegar. Originalmente, a Yamaha recomendava duas velas – uma para aquecimento e uma segunda para as corridas – mas encontrei um meio-termo feliz. ”

A TZ pode estar legalizada para andar na rua, mas a faixa de potência é semelhante a um interruptor. “Quando as rotações atingem cerca de 7.000, ela tem tendência para começar a derrapar de trás violentamente – e ao mesmo tempo levantar a roda da frente, puxando com força até às 11.000”, diz Brad.

Brad mora na mesma cidade que Steve Baker, que ainda é um visitante regular à pequena pista de terra local. E há planos em andamento para unir Baker e a TZ750 numa corrida de meia milha no Canadá este verão.

Sabendo como Baker é corajoso, o resultado deve ser épico!

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