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Zero Moto X : uma nova linguagem de design eletrizante

By on 18 Fevereiro, 2019

O Salão de personalizações de moto normal é uma cornucópia de delícias analógicas, brilhando com pinturas em flocos de metal e chapa crua batida à mão e envernizada, como manda a moda atual. Mas há dias havia um intruso à espreita entre os cromados e os carburadores: esta Zero futurista da Huge Moto de San Francisco. Assim que o modelo elétrico Zero foi revelado, começou a aparecer em todos a parte e a ser divulgado nas redes sociais. Impunha-se falar com o homem forte da Huge Moto, Bill Webb, para obter a história sobre esta criação surpresa – e o processo de design à século XXI.

 “A Zero contactou-nos há alguns anos atrás, depois de nós termos apresentado o nosso projeto Honda CBR ‘MONO RACR’”, explicou Bill. “Acabámos a trabalhar nalguns projetos juntos e esperamos que parte da nossa influência no design seja vista nas motos da próxima geração.” Foi então que Bill perguntou à Zero se a Huge poderia construir uma moto Zero personalizada como um projeto paralelo. Um FXS de 2018 chegou, bem como os seus ficheiros CAD. A FXS é o modelo básico da Zero: uma moto de estrada com estilo supermoto que custa apenas 9.000 Euros. A autonomia em cidade é de até 160 Km (é possível obter modelos com um alcance maior) e o peso é de apenas 133 kg.

Bill e a sua equipa começaram lentamente a trabalhar em conceitos para o projeto custom. À medida que a moto começou a tomar forma em formato CAD, houve um crescente interesse da sede da Zero em ajudar a terminar a FXS e obter uma reação do público.

Brian Wismann, vice-presidente de desenvolvimento de produtos da Zero, ouviu que a empresa de pneus Shinko estava à procura de uma moto para exibir no Salão The One Moto. Logo, o famoso show de Portland tornou-se o alvo, e a Huge ligou os seus computadores.

“Está longe da sensualidade de soldar e martelar numa oficina de fabricação“, diz Bill. “A Zero foi concebida principalmente sentado numa estação de trabalho CAD, depois de horas de tentativas e alternando entre o design 3D hardcore e esboços soltos tipo guardanapo.”

O objetivo do projeto era criar uma continuidade fluída na parte superior da moto, afastando os olhos dos componentes elétricos e da estrutura e focalizando mais atenção e “peso visual” na extremidade dianteira.

 

“Um design que parece futurista, sem “costuras” e com um ar leve“, acrescenta Bill. “Bruce Lee foi a nossa inspiração filosófica: Magreza musculada com agilidade e velocidade!”

O primeiro projeto básico foi totalmente detalhado em CAD, maquinado em polímero termoplástico ABS, e depois reproduzido na moto que se vê nas foto.

“Quando as peças regressaram do fabrico, ficou claro que aspetos estavam a funcionar e quais não estavam”, diz Bill. O design foi ajustado até que cada milímetro e cada ângulo parecesse “correto”.

O aspeto final certamente parece ser bom – e também vemos indícios da Husqvarna “Pilens” em torno da área do “deposito”. (Talvez esses “ombros” nas tampas do depósito se tornem a estética de design definitiva dos anos 2010?)

A atenção então mudou para a seção inferior da estrutura, abaixo da carroceria por assim dizer. “O maior desafio com motores elétricos é a falta de interesse visual”, diz Bill.

 “O que há são grandes formas retangulares e superfícies planas e contínuas , que não evocam a mesma sensação de uma cabeça de cilindro refrigerada a ar ou tampa de embraiagem.”

Novos painéis de cor escura agora fluem com a parte superior do corpo da moto, e há uma barriga mais abaixo – não apenas para proteger a parte de baixo, mas também para adicionar mais peso visual à frente da moto.

O estilo não é a única mudança efetuada nesta FXS, no entanto. Obviamente não se podiam afinar carburadores nem encaixar um sistema de escape livre, e o caderno de encargos proibia cortes no quadro.

Assim, a FXS recebeu a ajuda de um amortecedor topo de gama da Fox Racing, e novas rodas frene e trás: as jantes de 17 polegadas da Sun ligadas aos pneus fora de estrada da Zero FX. “Eu acho que elas são significativamente mais leves que de origem”, diz Bill. “Elas são feitas para corrida e o construtor de rodas é um especialista em motos de supermoto.”

Segundo os primeiro ensaios, a FXS Zero tem um andamento explosivo. E embora a moto pareça perfeitamente aceitável em formato original, o novo trabalho de design nesta unidade elevou-a a um outro nível.

“É um design que absorve algumas das influências” cruas “das motos a gasolina e as mistura com a solidez e limpeza do sistema elétrico”, diz Bill. E nós concordamos 100%.

Alguma hipótese de lançar isso no mercado como um kit, rapazes?

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