Atualidade: O que trava a compra de motos elétricas
Na vizinha Espanha, o Observatório Cetelem questionou um universo de 2.200 consumidores sobre mobilidade sustentável e, sobretudo, sobre motos elétricas e a sua intenção de compra. Apenas 11% dos entrevistados manifestaram o seu interesse por uma moto elétrica.
A mobilidade sustentável tornou-se uma das preocupações mais importantes de muitos consumidores. O objetivo é reduzir os efeitos negativos no ambiente durante as viagens.
A faceta dos veículos eléctricos em que são indiscutíveis é a sua vertente de ferramenta de mobilidade urbana. A mobilidade sustentável no ambiente urbano inclui o transporte público e privado, com a ideia de que os veículos com emissão zero são predominantes na sua operação. Se a tudo isto somarmos a ausência de pontos de carregamento nas estradas e a ainda escassa autonomia dos veículos eléctricos, continua a ser complicado o uso da moto elétrica.
Na cidade, entre outros, destacam-se as bicicletas e trotinetes como ferramentas de mobilidade pessoal e os veículos elétricos (carros e motos) que permitem a deslocação de mais de uma pessoa. Especificamente no caso das motos, estima-se que existam 104.239 veículos elétricos de duas rodas em Espanha, entre motos, scooters e ciclomotores. O tipo de utilização destina-se principalmente a viagens diárias em percursos curtos ou médios, inferiores a 45 quilómetros.
A eletromobilidade está, sem dúvida, a avançar como uma das melhores formas de locomoção em trajetos urbanos, sem prejuizo do ambiente. Foi nesse sentido que o Observatório Cetelem questionou um universo de 2.200 consumidores sobre mobilidade sustentável e, sobretudo, sobre motos elétricas e a sua intenção de compra. Entre os dados obtidos, destaca-se que a mobilidade sustentável é importante ou muito importante para sete em cada dez consumidores espanhóis. Uma percentagem que se está a tornar comparável à dos restantes países europeus.
Motociclistas reclamam dos preços altos, baixa autonomia e dos poucos pontos de carregamento para motos elétricas
Um dos dados reveladores do estudo que nos chama a atenção é aquele que se refere à intenção dos consumidores em adquirir uma moto elétrica.O estudo deste ano mostrou uma diminuição do percentual em relação a 2022. Assim, apenas 11% dos inquiridos pretendem comprar uma moto elétrica durante os próximos 12 meses.
- 25% dos motociclistas entrevistados pretendem comprar uma moto elétrica nos próximos meses. Os entrevistados de 35 a 44 anos destacam-se acima da média com 27% de menções.
- Para 27% dos condutores inquiridos, seria aceitável um esforço económico adicional entre 10% e 30% para comprar uma moto elétrica em vez de uma a gasolina. Também encontramos 39% de usuários que não estariam dispostos a fazer nenhum esforço adicional.
- Para 42% dos inquiridos, o nível de autonomia para o qual estariam dispostos a comprar uma moto elétrica deveria ser de 101 km a 250 km pelo menos, como aconteceu no ano anterior e aumentando esta percentagem em 3 pontos percentuais.
- Quase todos os utilizadores inquiridos (88%) consideram que a instalação de pontos de carregamento na via pública é muito importante ou bastante importante.
- Os motivos para não comprar uma moto elétrica mais mencionados são, em primeiro lugar, o elevado preço destas motos com 54%, seguido da baixa autonomia com 49% e pela falta de pontos de carregamento com 35%.
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